O mercado de milho apresenta desafios e oportunidades para os produtores, conforme análise da TF Agroeconômica. Segundo a consultoria, há duas recomendações principais para os agricultores: a primeira é vender o milho e aplicar o dinheiro no próprio negócio ou no mercado financeiro, acreditando que o retorno financeiro será maior do que o armazenamento do grão.
A segunda recomendação é utilizar a experiência da atual safra, onde os preços não devem cobrir os altos custos de produção, para planejar melhor a comercialização das próximas safras, contando com o suporte especializado da TF Agroeconômica para maximizar a lucratividade.
A análise fundamental do mercado de milho destaca tanto fatores de alta quanto de baixa. Entre os fatores de alta, destaca-se a previsão do setor privado dos EUA, que apontou uma área menor de colheita, com 33,58 milhões de hectares, em comparação aos 33,75 milhões previstos anteriormente. No Brasil, a disputa sazonal entre indústrias de carne e exportadores de milho pode manter os preços um pouco mais elevados no segundo semestre, embora ainda abaixo dos custos de produção.
Por outro lado, os fatores de baixa incluem o bom estado das lavouras nos EUA, o que tem mantido a pressão descendente sobre os preços. Além disso, as vendas dos agricultores americanos da safra anterior, visando abrir espaço nos armazéns para o milho que começará a ser colhido em breve, também contribuem para a queda das cotações. No Brasil, as exportações de milho estão 25% abaixo do ano passado, resultando em estoques elevados no mercado interno e pressionando ainda mais os preços.