Após uma semana marcada por uma acentuada queda de 14%, o preço do feijão-carioca nota 9 ou melhor foi negociado na sexta-feira em Minas Gerais por até R$ 240, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. Durante o mesmo período, feijões recém-colhidos, como Pérola e Esteio, foram vendidos por R$ 210/220. Até por volta das 17 horas, o mercado indicava novas desvalorizações.
Em resposta à tendência de baixa, os produtores de Goiás, especialmente na região de Santa Fé, tomaram uma medida drástica para evitar a desvalorização contínua. Decidiram colocar o feijão em câmara fria caso ofertas abaixo de R$ 250 sejam feitas. Esta estratégia tem o potencial de frear a queda acentuada dos preços, que muitos esperavam chegar a R$ 200.
Se a iniciativa dos produtores demonstrar eficácia, é possível que os compradores se sintam mais seguros para retomar as compras na próxima semana, contribuindo para uma estabilização no mercado.
A confirmação de mosaico dourado e a seca prolongada em Guaíra (SP) têm gerado grandes preocupações, com perdas estimadas de até 60% nos 20 mil hectares de feijão-carioca da região. Diante desse cenário, surge a dúvida: o preço do feijão vai subir? A resposta, no entanto, deve ser cautelosa. Apesar do impacto significativo em São Paulo, outros importantes polos produtores estão prestes a entrar no período de pico da colheita. Goiás, juntamente com o Noroeste de Minas, se unirá à Bahia e ao Mato Grosso, aumentando a oferta nacional de feijão-carioca.
Essa dinâmica de mercado pode pressionar gradualmente os preços para baixo. Com a oferta maior, compradores tendem a negociar valores mais baixos, testando os limites dos produtores.