A corrente de comércio entre Brasil e EUA totalizou US$ 38,7 bilhões - Foto: Foto: Portos RS
No primeiro semestre de 2024, as exportações do Brasil para os EUA totalizaram US$ 19,2 bilhões, registrando um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que equivale a um acréscimo de US$ 2,1 bilhões. Esse crescimento abrangeu todos os setores econômicos brasileiros, incluindo indústria de transformação, extrativo e agropecuária.
O aumento percentual nas exportações para os EUA foi mais de oito vezes superior ao crescimento das exportações globais do Brasil (+1,4%), superando também o incremento das vendas para outros parceiros como China (+3,9%), União Europeia (+2,1%) e América do Sul (-24,3%). Em termos absolutos, as exportações para os EUA representaram 29,1% do aumento total das vendas brasileiras no mercado global, que foi de US$ 7,1 bilhões.
No segmento industrial, as exportações do Brasil para os EUA atingiram um recorde de US$ 14,7 bilhões, com um crescimento de 2,3%. Produtos de maior valor agregado predominaram na pauta exportadora brasileira, sendo que 8 dos 10 principais itens exportados foram nessa categoria. Os EUA mantiveram-se como o principal destino das exportações industriais brasileiras, superando a União Europeia (US$ 10,8 bilhões) e o Mercosul (US$ 8,2 bilhões).
A corrente de comércio entre Brasil e EUA totalizou US$ 38,7 bilhões no primeiro semestre de 2024, apresentando um aumento de 5,1% em relação ao ano anterior. Além disso, o déficit comercial brasileiro atingiu seu menor valor dos últimos 10 anos, registrando -US$ 218,3 milhões, o que representa uma redução de 91,2% comparado a 2023.
Destaca-se o aumento significativo nas exportações brasileiras para os EUA, com crescimento notável em 8 dos 10 principais produtos exportados, como combustíveis de petróleo (+202,1%), petróleo bruto (+108,3%), café (+44,6%), celulose (+21,2%) e aeronaves (+11,9%). Nas importações brasileiras dos EUA, apesar de uma leve queda de 1%, observou-se aumento em 8 dos 10 principais itens importados, incluindo aeronaves (+62,4%), polímeros de etileno (+50,8%), petróleo bruto (+48,9%), medicamentos (+32,9%), gás natural (+545,9%) e motores e máquinas não elétricos (+20,2%). Esses dados são provenientes do Monitor do Comércio Brasil-EUA da Amcham Brasil.