Publicado em 22/09/2014 22h14

Dourados: Pesquisadores divulgam impacto da lagarta Helicoverpa em MS

Os primeiros resultados da pesquisa sobre o ataque da lagarta Helicoverpa, conhecida pelo seu alto potencial destrutivo, nas lavouras de Mato Grosso do Sul serão divulgados em Dourados, no dia 25 de setembro, a partir das 9h.
Por: Famasul

Os primeiros resultados da pesquisa sobre o ataque da lagarta Helicoverpa, conhecida pelo seu alto potencial destrutivo, nas lavouras de Mato Grosso do Sul serão divulgados em Dourados, no dia 25 de setembro, a partir das 9h. O workshop “Mapa da Helicoverpa” reunirá pesquisadores envolvidos na identificação da praga, que promoverão palestras e debate a favor de estratégias para o controle da lagarta. O evento acontecerá no dia seguinte ao lançamento nacional do plantio da soja, que será no próximo dia 24, a partir das 9h, na sede do Sindicato Rural do município, com a presença do Ministro da Agricultura, Neri Geller.
 
Durante três meses de trabalho, 12 profissionais de diferentes entidades de pesquisa monitoraram 82 armadilhas por semana, em lavouras de milho, soja e algodão de 26 municípios. Em diferentes regiões coletaram mariposas, que foram encaminhadas para laboratórios do Rio Grande do Sul, para identificação detalhada. “Posteriormente a este trabalho conseguiremos entender o comportamento da Helicoverpa nas lavouras de Mato Grosso do Sul, verificar as regiões de maiores incidências e identificar a melhor forma de manejo”, indica o gestor técnico da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Lucas Galvan, como benefícios da pesquisa.
 
Estados como Alagoas, Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais, Goiás, Piauí e Mato Grosso do Sul decretaram estado de emergência fitossanitária durante o ciclo 2013/14 da soja. Neste período, profissionais da Aprosoja/MS pesquisaram propriedades do Estado e verificaram que além da Helicoverpa armígera, as lavouras tiveram de lidar com ataques da lagarta da soja, lagarta elasmo e falsa medideira.  Segundo a Associação, as infestações dessas pragas no ciclo passado foram identificadas de forma precoce, cabendo ainda ação preventiva para o controle.
 
Segundo o diretor executivo da Fundação MS, Renato Roscoe, os dados que serão divulgados já podem ser utilizados na prática pelo produtor rural. “Além de servir como subsídio para o controle da Helicoverpa, a pesquisa colabora com o agricultor indicando estratégias de convivência com a praga, que estará presente nas lavouras do Estado por tempo indeterminado”, destaca Roscoe, ao afirmar que durante o workshop também serão apresentados os resultados dos questionários aplicados por técnicos da Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja de MS, referente às infestações de pragas durante o ciclo passado da soja.
 
Para se chegar aos resultados sobre incidência da Helicoverpa armigera, ao quais serão apresentados no dia 25 de setembro, em Dourados, foi necessária a união das entidades ligadas à pesquisa agropecuária, Fundação MS, Fundação Chapadão e Embrapa Agropecuária Oeste. O trabalho teve apoio da Famasul, Aprosoja/MS, OCB/MS - Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras, Iagro - Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, e recursos da Seprotur - Secretaria de Estado de Produção e Turismo.

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