A Associação Brasileira de Brangus (ABB), em parceria com a Central Bela Vista, promoverá a primeira prova de eficiência alimentar em fêmeas da raça no mês de agosto. O teste, que até então era realizado apenas em machos, visa selecionar os animais que comem menos e produzem mais através da avaliação de seu Consumo Alimentar Residual (CAR, kg MS/dia). A iniciativa, destaca o presidente da associação, Cacaio Osório, será um marco na história da raça no país e deve contribuir ainda mais com o aprimoramento da seleção nos rebanhos brasileiros. “Quanto mais dados os criadores tiverem em mãos, mais assertiva será a escolha dentro das porteiras. Com as informações das fêmeas para esta característica, será possível optar por descartar ou não dos plantéis aquelas que passarão aos seus descendentes a aptidão para eficiência alimentar”, acrescenta, reforçando que, em breve, as inscrições devem ser abertas.
A Top Brangus Prova Central Bela Vista 2024 será realizada no Centro Tecnológico da Central Bela Vista, em Botucatu (SP), onde os animais devem chegar a partir do dia 29 de julho. A fase de adaptação dos exemplares às instalações e à alimentação terá início no dia 5 de agosto. O teste propriamente dito começará no dia 26 de agosto e encerrará em 21 de outubro. Os resultados serão divulgados em dia de campo no dia 26 de outubro. Para integrar a prova, é necessário que os exemplares tenham registro genealógico e exames de brucelose e tuberculose em dia. Para maiores informações, o criador pode entrar em contato pelo telefone (67) 9 9836-4532.
Segundo Ândrea Plotzki Reis, coordenadora de projetos técnicos da ABB, investir na eficiência alimentar é mais que uma tendência, é uma estratégia robusta para o futuro da pecuária. “Fêmeas que apresentam melhor eficiência alimentar necessitam de menos alimento para atingir o peso desejado, o que resulta em significativa redução dos custos de alimentação. Isso melhora a margem de lucro dos produtores e aumenta a viabilidade econômica das operações pecuárias”, afirma. Além disso, explica, animais que utilizam o alimento de forma mais eficiente requerem menos recursos naturais para crescer. Isso inclui menor uso de água, menor demanda por terras agrícolas, contribuindo para práticas de produção mais sustentáveis e ambientalmente responsáveis.
Para o supervisor de produção e pesquisa da Central Bela Vista, Matheus Henrique Vargas de Oliveira, a realização de uma prova de eficiência alimentar em fêmeas jovens da raça Brangus é uma peça-chave para a modernização da pecuária e exerce impacto significativo em diversos sistemas de produção por todo o país. “Esta seleção é crucial, uma vez que as fêmeas eficientes têm uma tendência natural a serem mais produtivas e econômicas durante suas vidas, o que resulta na redução de custos de produção e do impacto ambiental. Adicionalmente, a genética dessas fêmeas pode ser transmitida às gerações futuras, melhorando a eficiência geral do rebanho e promovendo diretamente o progresso genético da fazenda”.