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A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) lançou um plano para tornar o setor agroalimentar um sumidouro de carbono até 2050, com foco em 10 áreas prioritárias. Além de combater a fome, o plano visa promover um futuro sustentável e resiliente.
Impulsionado pela evidência científica dos impactos das mudanças climáticas nos sistemas alimentares, conforme destacado pelo IPCC, a COP28 dedicou um dia à discussão sobre Alimentação, Água e Agricultura, destacando o compromisso global em integrar a agricultura na mitigação das mudanças climáticas, evidenciado pela assinatura da Declaração dos Emirados por 130 nações.
O roteiro da FAO, intitulado "Alcançar o ODS2 sem ultrapassar o limite de 1,5°C", identifica áreas críticas como pecuária, solo e água para atingir a "Fome Zero" dentro dos limites climáticos do Acordo de Paris. Um aspecto-chave é a "transição justa", garantindo equidade na transformação do setor, incluindo redução do consumo de carne em países ricos e apoio a pequenos agricultores em países em desenvolvimento.
Financiamento adequado é crucial, com apenas uma pequena parcela do financiamento climático global atualmente destinada aos sistemas alimentares. A FAO prevê que atingir essas metas pode reduzir a fome e criar sistemas alimentares neutros em carbono até 2035. Com este roteiro e detalhes adicionais nas próximas cúpulas da COP, o setor agroalimentar está caminhando para uma transformação verde, mas apoio contínuo e investimento serão essenciais para concretizar essa visão. As informações fora divulgadas pela Global Pulses Confederation (GPC).