Os pesquisadores da Fundação MS conduziram levantamentos técnicos por três anos consecutivos, revelando que a integração lavoura-pecuária resulta em maior produtividade da soja. O estudo, que visa oferecer alternativas ao milho safrinha tardio, destaca a Brachiaria brizantha, cultivar Piatã, como a melhor opção para quem busca alta produtividade na soja e estabilidade na produção, dentro das condições do estudo. Diferentes culturas semeadas no outono-inverno foram avaliadas, e a Brachiaria brizantha obteve os melhores resultados.
Durante os três anos de pesquisa, houve um aumento de 17% na produtividade ao utilizar o consórcio com a Brachiaria brizantha, cultivar Piatã, em comparação com outras culturas de outono-inverno. Entre os dez tratamentos de coberturas avaliados, quatro incluíram o Piatã, proporcionando um ambiente favorável para o crescimento e produção da soja. O pesquisador Douglas de Castilho Gitti, da Fundação MS, observou melhorias na cobertura do solo, aspectos químicos e redução de nematoides.
O Piatã se destacou como uma alternativa ao milho safrinha tardio, superando outras culturas como milho solteiro, milheto com guandu, aveia preta com nabo forrageiro, sorgo granífero e sorgo forrageiro. O ambiente com Piatã melhorou as condições para a soja produzir mais, com uma cobertura adequada do solo por mais tempo e de melhor qualidade.
"O desenvolvimento do capim proporciona melhor fertilidade ao solo, atribuindo melhorias na nutrição e no volume de raízes da soja, uma vez que contribui no incremento do potássio no solo, disponibilizando mais nutrientes para a planta, além da redução de alguns nematoides, principalmente do gênero Rotylenchulus, que causam redução das radicelas (raízes mais finas) do sistema radicular da soja, assim permitindo boas condições de solo e raízes saudáveis a soja", completa Gitti.