O mercado global de soja está em constante movimento, influenciado por diversos fatores, desde indicadores de produção até a demanda internacional. O Itaú BBA reporta um aumento de quase 1% (0,6%) nos preços em Chicago em relação a fevereiro, atribuído, em parte, à previsão da Conab de uma menor produção de soja no Brasil, caindo de 149 para 146,8 milhões de toneladas entre os boletins de fevereiro e março.
Apesar das chuvas excessivas na Argentina recentemente, a oferta favorável tanto na Argentina quanto no Paraguai tem mantido os preços em níveis mais baixos.
No mercado interno brasileiro, a situação é distinta. Em março, os preços em Sorriso aumentaram expressivamente em 6,1%, impulsionados pela forte demanda nacional e internacional, intensificando as negociações. Os compradores estão agindo rapidamente diante da incerteza na oferta interna, especialmente com a perspectiva de menor produtividade nas lavouras.
De acordo com a Conab, até 23 de março, 66,3% das lavouras de soja no Brasil já haviam sido colhidas, um aumento em relação à semana anterior (61,9%), mas abaixo do mesmo período do ano anterior (69,1%). Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo estão mais adiantados na colheita, enquanto Piauí, Santa Catarina e Maranhão enfrentam atrasos. No Rio Grande do Sul, a colheita está apenas começando.
Em termos de embarques, fevereiro registrou o maior volume desde setembro do ano passado, totalizando 6,6 milhões de toneladas. No acumulado do primeiro bimestre, os embarques ficaram 61,4% acima do mesmo período do ano anterior. As projeções até a quarta semana de março indicam um volume de embarques em torno de 12,4 milhões de toneladas, um crescimento de 88% em relação a fevereiro, mas uma queda de 6% em comparação com março de 2023.