Em 2023, o Brasil importou mais de R$ 293 milhões em equipamentos de geotecnologia, abrangendo áreas como topografia, hidrografia, oceanografia, hidrologia, meteorologia e geofísica. Paralelamente, a demanda por serviços de proteção dessas tecnologias aumentou em 108%, segundo a APAT. Fernanda Braga, da APAT, ressalta que esses dados refletem um aquecimento do mercado, evidenciado pelo aumento de 59% no número de associados da entidade no mesmo ano.
“Entre 2023 e este ano, já é possível se observar uma elevação". Foto: Pixabay
“Estamos em um momento de otimismo, pois quando há uma elevação na demanda do nosso setor, podemos dizer que é porque os investimentos em infraestrutura e grandes projetos de engenharia estão aumentando, o que é bom para o país e para o mercado de trabalho”, avalia.
Fernanda enfatiza a necessidade de investimentos em todo o país. Segundo um levantamento da entidade, em 2023, os estados com mais contratações de serviços de proteção foram Minas Gerais (253), São Paulo (203) e Bahia (139), enquanto os menos contratados foram Amapá (4), Piauí (3) e Acre (2). A região Sudeste se destaca, concentrando 46,6% das tecnologias protegidas, enquanto a região Norte fica em último lugar, com apenas 4,8%.
“Entre 2023 e este ano, já é possível se observar uma elevação, especialmente por conta do lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entretanto, ainda é necessário que o poder público e a iniciativa privada façam aportes mais significativos para solucionar gargalos de infraestrutura, mas em todo o território nacional e não apenas nos grandes centros. Nós vivemos em um país com um relevo bastante acidentado e que necessita de equipamentos cada vez mais modernos para tornar o trabalho mais ágil e preciso, por isso é essencial que programas como o PAC contemplem os recursos necessários para a atuação desses profissionais”, conclui.