De suma relevância para a indústria alimentícia e o consumo in natura, o Brasil se posiciona como um dos principais produtores mundiais de tomate. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País produziu 3.809.986 toneladas em uma área colhida de 54.502 hectares em 2022. No entanto, há um desafio que deve estar sempre no radar do produtor pelo alto índice de destruição: a requeima, doença fúngica que se desenvolve no outono devido ao clima úmido e temperaturas entre 18°C e 24°C e deve ser controlada com o uso assertivo de fungicidas.
Causada pelo Phytophthora infestans, a doença costuma se alastrar rapidamente em áreas onde as plantações são densas, sendo que um único foco pode comprometer toda a produção, causando perdas significativas em qualidade e quantidade. O impacto da requeima no cultivo do fruto pode gerar um recuo produtivo de 20% a 70%, dependendo das condições de clima e manejo, como destacam dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Os primeiros sintomas perceptíveis são representados por pequenas manchas escuras nas folhas das plantas infectadas, podendo se espalhar para as folhas adjacentes. Consequentemente, elas ficam amareladas, murcham até morrer e podem exalar um odor forte.
“Os frutos também são afetados ao apresentarem, especificamente, manchas irregulares e escuras, de coloração marrom-pardo, de aspecto oleoso e consistência firme, que aumentam de tamanho e se estendem por toda a superfície, causando podridão dura, mas sem queda. Por se tratar de uma doença bastante agressiva, em casos pontuais pode destruir culturas inteiras em poucos dias”, explica gerente de Assuntos Regulatórios do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Fábio Kagi.
Para evitar esse cenário, é importante que os produtores se mantenham alertas à prevenção e ao controle da doença para preservar o potencial produtivo, a qualidade e a rentabilidade do cultivo, tão expressivo no Brasil e no mundo. Isso exige a adoção de algumas práticas, como: aplicação bem posicionada de fungicidas, manejo integrado de pragas e doenças, rotação de culturas, plantio em áreas bem drenadas e em épocas adequadas, espaçamento entre plantas, uso de variedades resistentes, nutrição adequada das plantas e eliminação de restos culturais.
“A adoção de fungicidas no controle de doenças em diversos cultivos, como no tomate, tem auxiliado o produtor a manter seu potencial produtivo. Como mostra a pesquisa de campo encomendada pelo Sindiveg à Kynetec Brasil no início de 2024, a área tratada com defensivos (PAT) vem apresentando crescimento, com um volume total de 811.598 toneladas utilizadas na última safra (2023/24), considerando o número de aplicações necessárias. Desse montante, 24% se referem ao uso de fungicidas – solução essencial para o controle da requeima”, destaca o gerente.
Há mais de 80 anos, o Sindiveg - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal atua no Brasil representando o mercado de defensivos agrícolas no País, com suas 27 associadas, e dando voz legalmente à indústria de produtos de defesa vegetal em todo o território nacional. O Sindicato tem como propósito a promoção da produção agrícola de forma consciente, com o uso correto dos defensivos, bem como apoiar o setor no desenvolvimento de pesquisas e estudos científicos, na promoção do uso consciente de defensivos agrícolas, sempre respeitando as leis, a sociedade e o meio ambiente. Mais informações: www.sindiveg.com.br