A TF Agroeconômica acredita que os preços do milho devem continuar crescendo nesses próximos meses, então seria mais interessante vender somente o milho necessário. “Nossa recomendação é para vender somente o necessário para pagar as contas, guardando todo o resto para capitalizar entre agosto e dezembro próximos. Se quiser aumentar os seus lucros, nosso conselho é comprar contratos futuros de milho na B3 para setembro e novembro de 2024 que, em nossa opinião podem subir significativamente, ainda”, comenta.
Os fatores de alta são três. Destacam-se a melhora da demanda pelo grão norte-americano e as preocupações com a safra da Argentina também deram algum suporte aos preços. “Na quinta, já tinha sido relatada uma venda de 100 mil toneladas para o México. Além disso, em relatório semanal ontem, o USDA disse que exportadores venderam 1,28 milhão de toneladas de milho da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 7 de março. O volume ficou mais próximo do teto das estimativas de analistas, que iam de 800 mil a 1,4 milhão de toneladas”, completa.
No Brasil, as médias calculadas diariamente pelo Cepea subiram 1,51% no mês, 0,48% na semana, mas recuaram 0,11% no dia, puxadas pelo consumo interno. “A redução geral na produção do país de 14,5%, estimada pela CONAB em seu último relatório e, especificamente, as reduções de 11,6% no Paraná e 6,9% em Santa Catarina, estados que são importadores de milho de outros estados e até do exterior, devem fazer pressão altista sobre os preços, principalmente no segundo semestre deste ano”, indica.
Para a baixa, os estoques mundiais e a pressão de venda do Mar Negro são os fatores. “Embora o USDA tenha reduzido de 322,06 MT para 319,61 MT os estoques globais da safra 23.24, eles ainda são 18,01 milhões de toneladas maiores do que os da safra anterior, aumentando a oferta mundial e fazendo pressão sobre os preços. A China, que havia interrompido a compra de milho da Ucrânia, um dos seus grandes fornecedores, voltou a comprar neste país, limitando as suas compras nos EUA e no Brasil e, com isto, pressionando as cotações”, conclui.