A Farmers Edge, empresa canadense de agricultura digital, está implementando uma nova estratégia no Brasil, visando digitalizar 8 milhões de hectares de lavouras até 2030, com foco em culturas como soja, milho, cana-de-açúcar e algodão. Atualmente, 300 agricultores locais, cobrindo 1 milhão de hectares, já utilizam os serviços da empresa. O vice-presidente para a América Latina, Celso Macedo, anunciou a operação de mais de 600 estações meteorológicas no campo e a expansão planejada de mais de 200 serviços de agricultura digital para regiões estratégicas da fronteira agrícola brasileira nos próximos anos.
A Farmers Edge Brasil fornece uma plataforma de dados para digitalizar o plano de safra do produtor, oferecendo soluções como imagens de satélite de alta frequência (Smart Imagery), meteorologia (Smart Insite), telemetria de máquinas agrícolas, proteção de cultivos (Smart), suporte à fertilização variável (Smart VR) e gestão de emissões de carbono (Smart Carbon).
Utilizando hardware e software avançados alimentados por sensores, inteligência artificial e análise de big data, a empresa transforma dados em ações e insights inteligentes, capacitando os agricultores a aumentar sua produtividade em até 35%, conforme relata o vice-presidente Celso Macedo. A Farmers Edge Brasil também gera relatórios, faz recomendações agronômicas e planos de aplicação de tecnologias, além de medir o retorno do investimento na safra para os produtores.
De acordo com o executivo, o principal desafio da Farmers Edge Brasil passa pela infraestrutura do país quanto à conectividade. “À medida que avança a cobertura de redes digitais, nosso negócio tende a crescer proporcionalmente.” Frente aos entraves locais, ele enfatiza, a empresa buscou soluções próprias, baseadas na formação de parcerias com grupos de seguros agrícolas, telecomunicações, tradings e agroquímicos. “Temos expectativa de anunciar novas parcerias do gênero nas próximas semanas”, revela Macedo.
