Março marca o período crucial para o encerramento do plantio das lavouras de segunda safra, mas uma surpresa positiva pode estar a caminho para os produtores de feijão-preto no Brasil. Segundo informações do Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe), há indícios de que a colheita deste tipo de feijão pode atingir números recordes nas próximas semanas.
O levantamento revela que, embora o plantio da segunda safra tenha se estendido até março, há campos cultivados desde dezembro e janeiro que poderão ser colhidos antes do final de abril. Uma análise comparativa indica que o feijão-carioca enfrentará uma redução na produtividade em estados cruciais, como Minas Gerais, Bahia e São Paulo. Em contrapartida, o feijão-preto surge como uma promessa, especialmente no Paraná.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a expectativa inicial para a produção de feijão-preto é de 350 mil toneladas. Entretanto, considerando um modesto aumento de 5% no volume colhido no Paraná, há fortes indícios de que a produção total nesse estado poderá superar as expectativas, alcançando entre 390 a 400 mil toneladas.
Uma observação importante destaca que, caso as condições climáticas permaneçam favoráveis, a oferta de feijão-preto pode exceder a demanda. Após a colheita da segunda safra de feijão-carioca, a terceira safra irrigada do feijão-preto se aproxima. Diante desse cenário, surge a questão: seria interessante considerar o cultivo do feijão-preto, que parece ter menos problemas de oferta?
O panorama internacional também é abordado, destacando os desafios enfrentados pelos exportadores, especialmente com variedades como Rajado, que apresentaram problemas durante o transporte até a Índia. Tanto o Rajado quanto o Vermelho têm demanda interna, mas há oportunidades no mercado de exportação para produtores informados sobre os riscos relacionados à mudança de cor durante o transporte.