De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, são quatro os fatores de baixa para a soja no futuro próximo. O primeiro deles é a fraca demanda externa pelo grão norte-americano que pesa sobre as cotações. “Na quinta, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse que exportadores do país venderam 340,8 mil toneladas de soja da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 1º de fevereiro”, comenta.
“O volume representa queda de 24% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para o ano comercial 2024/25, o saldo de vendas foi de 9,2 mil toneladas. O total vendido das duas safras, de 350 mil toneladas, ficou abaixo do piso das estimativas de analistas, de 400 mil toneladas”, completa.
O aumento dos estoques dos EUA também é um ponto. “No seu relatório de oferta e demanda, o USDA elevou estimativa de estoque nos EUA de 7,62 milhões para 8,57 milhões de toneladas. A expectativa de analistas era de um leve aumento, para 7,68 milhões de toneladas. A elevação do estoque foi motivada por um corte na estimativa de exportação, que passou de 47,77 milhões para 46,81 milhões de toneladas”, indica.
Além disso, a queda no preço do óleo de soja e o feriado chinês estão impactando. “O derivado recua quase 1,5%, em movimento de correção após ter subido nas quatro sessões e acumulado ganho de mais de 7% no período”, informa.
Os fatores de alta são o excesso de posições vendidas e as quebras da safra nos estados brasileiros. “Difícil dizer neste momento. Mas, o excesso de posições vendidas dos Fundos, na CBOT, poderá fazer o mercado reverter para cima a qualquer momento e talvez preencher o GAP existente a R$ 131/saca”, explica.
“No Brasil, as quebras de safra em vários estados importantes poderão fazer as indústrias aumentarem levemente os preços para garantir o fornecimento de matéria-prima, especialmente para a produção de biodiesel, cujo aumento de B10 para B12 deve acontecer neste ano”, conclui.