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Em um avanço recente, a tecnologia de sequenciamento de DNA descobriu o culpado da doença da vassoura-de-bruxa da mandioca: o gênero de fungos Ceratobasidium. A tecnologia de nanoporos de ponta utilizada para essa descoberta foi inicialmente desenvolvida para rastrear o vírus COVID-19 na Colômbia, mas é igualmente adequada para identificar e reduzir a propagação de vírus vegetais.
Os resultados, publicados no Scientific Reports, auxiliarão fitopatólogos do Laos, Camboja, Vietnã e Tailândia a proteger a valiosa colheita de mandioca dos agricultores. "No sudeste asiático, a maioria dos pequenos agricultores depende da mandioca. Suas raízes ricas em amido formam a base de uma indústria que sustenta milhões de produtores. No entanto, na última década, a doença da vassoura-de-bruxa da mandioca tem atrofiado as plantas, reduzindo as colheitas a níveis que mal permitem aos agricultores afetados ganhar a vida", disse Wilmer Cuellar, Cientista Sênior da Aliança de Bioversidade e do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT).
Desde 2017, pesquisadores da Aliança de Bioversidade International e do CIAT incorporaram a nanotecnologia às suas pesquisas, especificamente através da tecnologia de sequenciamento de DNA/RNA Oxford Nanopore. Essa ferramenta avançada fornece informações sobre os mistérios mais profundos da vida vegetal, identificando com precisão patógenos como vírus, bactérias e fungos que afetam as culturas.
"Quando se descobre qual patógeno está presente em uma cultura, pode-se implementar um método de diagnóstico adequado, buscar variedades resistentes e integrar esse diagnóstico nos processos de seleção de variedades", afirmou Ana María Leiva, Pesquisadora Sênior da Aliança.
A nanotecnologia, essencialmente, é a ponte entre o que vemos e o que mal podemos imaginar. Essa inovação abre uma janela para o mundo microscópico da vida vegetal e dos patógenos, redefinindo a forma como entendemos e combatemos as doenças que afetam as culturas.