O cenário atual mostra um volume elevado de carne nos estoques dos frigoríficos, levando os compradores a oferecerem valores menores pela arroba do boi. No entanto, os vendedores se mantêm firmes em suas posições, recusando ofertas abaixo dos preços vigentes. Como resultado, os valores permaneceram estáveis nas negociações na praça paulista.
Há uma atenção especial para a oferta de vacas, com a expectativa de um aumento nos próximos dias. Isso se deve à baixa qualidade das pastagens e ao descarte de fêmeas que não emprenharam durante a estação de monta atual.
Na Região Oeste da Bahia, onde as pastagens apresentam baixa capacidade de suporte, os preços sofreram queda devido à maior necessidade de venda de boiadas e às escalas confortáveis dos compradores. Para o boi, a redução foi de R$5,00/@, enquanto para as fêmeas, a queda foi de R$2,00/@.
Já na Região de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, os preços das fêmeas diminuíram, com uma queda de R$5,00/@ para a vaca e novilha gordas, enquanto os preços do boi gordo permaneceram estáveis.
No âmbito das exportações, a Rússia anunciou a habilitação de novos frigoríficos brasileiros para exportação de carne bovina e de frango. A maior parte das habilitações foi para carne de frango, enquanto para carne bovina, o frigorífico em Confresa, no Mato Grosso, foi habilitado.
Em 2023, a Rússia aumentou suas importações de carne bovina in natura, adquirindo 50,4 mil toneladas, um aumento significativo de 33,1% em relação a 2022.