Publicado em 02/02/2024 09h35

Panorama de cultivo na Argentina

A semeadura do sorgo atingiu 92,7% dos campos.
Por: Leonardo Gottems

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) divulgou recentemente informações cruciais sobre o estado das principais culturas agrícolas na região. Vamos analisar detalhadamente o cenário atual para a soja, milho, sorgo e girassol.

Imagem de Hans por Pixabay

Para a soja, a semeadura foi concluída, apresentando um progresso de 1,2 ponto percentual na última semana. Notavelmente, 91% das plantações estão em condição classificada como Normal/Excelente. Além disso, 14% da cultura já está no período crítico, indicando um desenvolvimento significativo.

“Altas temperaturas registradas nos dias anteriores a este relatório, combinadas com a falta de precipitação, resultaram em uma queda de 13 pontos percentuais nas áreas que inicialmente apresentavam condição hídrica ótima/adequada. Além disso, a condição de cultivo normal/excelente teve uma redução menor, de 6,5 pontos percentuais, impulsionada pelos lotes localizados no Norte de La Pampa-Oeste de Buenos Aires, onde foram observados sintomas de estresse hídrico”, comenta.

No caso do milho, desafios climáticos, como altas temperaturas, resultaram em uma queda de 15,4 pontos percentuais na condição hídrica Ótima/Adequada. Os cultivos precoces estão no estágio de enchimento de grãos, enquanto os tardios entram no período crítico, principalmente na região central da área agrícola.

A semeadura do sorgo atingiu 92,7% dos campos, indicando um progresso significativo. Contudo, a presença do pulgão amarelo está gerando preocupações e causando impactos na condição dos cultivos. Quanto ao girassol, 11,5% da área apta já foi colhida, com um rendimento médio de 16,8 qq/Ha. A colheita concentra-se principalmente no norte e centro da área agrícola nacional.

“O progresso da colheita está em 11,5% da área total, registrando um rendimento médio de 16,8 quintais por hectare. A condição hídrica ótima/adequada diminui para 49% (na semana anterior era 70%), devido à combinação de dois fatores: uma alta demanda de água pelos cultivos e pelo ambiente, associada a temperaturas elevadas. A evolução das precipitações durante a próxima semana determinará o impacto da falta de umidade nos lotes”, conclui.