O melhoramento genético é essencial na agricultura, promovendo lavouras mais produtivas. A aplicação de biotecnologias impulsiona a produção de alimentos de maneira segura. O Brasil, líder global no agronegócio, se beneficia dessas inovações, incluindo a transformação digital no setor.
Em 2023, a balança comercial do agronegócio brasileiro atingiu um superávit recorde de US$ 98,839 bilhões, um aumento de 60,6% em relação a 2022. O setor agropecuário, responsável por US$ 81,5 bilhões das negociações, cresceu 9% em comparação com 2022 (US$ 74,8 bilhões).
“Mais que isso, o melhoramento genético tem contribuído para tornar as lavouras mais sustentáveis. Com cultivares resistentes a diversas pragas, doenças e condições climáticas extremas, os produtores se beneficiam de lavouras mais produtivas e rentáveis, com menor uso de defensivos químicos, desde que faça o manejo correto e planeje a safra com a cultivar mais apropriada”, comenta Francisco Soares, presidente da TMG - Tropical Melhoramento & Genética.
A agricultura brasileira progrediu rumo à sustentabilidade nas últimas décadas, com ênfase em práticas como produção integrada agropecuária, agrofloresta e integração lavoura-pecuária-floresta, segundo a Embrapa. De acordo com o Ipea, o Brasil tem liderado o crescimento da produção agrícola sustentável nos últimos 20 anos. Um destaque é o "Efeito poupa-florestas", que atingiu 43,2% do território brasileiro em 2020, indicando a extensão de terra poupada através de mudanças tecnológicas, superando a área efetivamente utilizada na agropecuária do país.
“Além das culturas que servem para alimentar a população, na cultura do algodão, por exemplo, estamos alcançando índices de qualidade de fibra muito acima do imaginado décadas atrás, o que repercute no mercado. A produção e a produtividade de fibra têm aumentado ao passo que o tamanho da área de cultivo tem caído ao longo das décadas, porém com consistente aumento da produção total brasileira. Outro destaque é que, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), 82% da produção nacional possui certificação socioambiental ABR e 92% do montante produzido depende apenas de água de chuva para se desenvolver”, conclui.