O agronegócio brasileiro, destacado como um setor proeminente na economia, mantém seu crescimento impulsionado pelo uso de novas tecnologias e automação. A crescente digitalização das operações agrícolas tem gerado maior demanda por serviços de data center em áreas rurais, visando o armazenamento e processamento de dados estratégicos, conforme indicado por Marcos Ceacero, especialista técnico da Fibracem, uma importante indústria de comunicação óptica no Brasil.
“Hoje, a computação de dados é enxergada como o novo motor da economia digital. Por isso, acredito que os data centers podem ser vistos como uma espécie de banco, onde as informações estratégicas de uma propriedade rural estejam guardadas de forma segura”, exemplifica o especialista.
Apesar de mais de 70% das propriedades rurais no Brasil não terem acesso à internet, conforme dados da Conectar Agro, há uma mudança perceptível nesse cenário. Nos últimos anos, observa-se uma significativa busca pelo apoio da internet, impulsionando a gestão e monitoramento da inteligência de dados produtivos no campo, conhecido como Business Intelligence (BI).
“A evolução da conectividade no campo chegou durante o período pandêmico e abrangeu, de início, um pequeno percentual de propriedades, muitas dessas geridas por grandes grupos e produtores. Mas acredito que a cultura de levar internet às áreas rurais, assim como a de valorizar o armazenamento e processamento dos dados obtidos na produção possa avançar cada vez mais”, analisa Marcos Ceacero.
Segundo Ceacero, há grandes variáveis para que o ambiente rural conte com a tecnologia de data center. Segundo ele, entretanto, são inúmeros os benefícios que essa proximidade traz ao produtor e, consequentemente, ao agronegócio. “Dentre eles um maior controle de recursos, monitoramento e suporte, segurança e disponibilidade e, claro, a principal que é a mobilidade de dados e acesso às melhores tecnologias, gerando assim as possíveis automatizações com qualidade no campo”, ressalta.