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Emmanuel Macron, presidente da França, declarou nesta quarta-feira, 17, sua insatisfação sobre o acordo entre Mercosul e a União Europeia. A revelação foi feita durante uma entrevista concedida à CNN no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
As cláusulas-espelho, mencionadas por Macron, se referem a um mecanismo que permite que produtos sejam comercializados na União Europeia unicamente se estiverem em conformidade com as condições impostas internamente pelo bloco. Para Macron, é necessário que produtores externos se adequem às mesma exigências realizadas a setores agrícolas e industriais franceses.
Ele destaca: “Não podemos demandar dos nossos empresários e agricultores que esforcem-se em aspetos de biodiversidade, na diminuição de emissões e, por outro lado, abrir o mercado europeu para produtores que não encaram os mesmos débitos”.
No evento COP28 em Dubai, Macron já havia expressado sua relutância com relações ao acordo nos moldes atuais. Agora, ele afirma que para o acordo progredir, é imprescindível que as cláusulas-espelho sejam aplicadas de maneira rigorosa.
“É por isso que necessitamos de uma cláusula-espelho, e ela precisa ser substancial”, disse Macron.
O Mercosul, bloco econômico formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, e a União Europeia, composta por 27 países europeus, haviam concluído o acordo em 2020 após 20 anos de discussões.
Para entrar em vigor, será necessário que o acordo seja assinado e ratificado pelos chefes de Estado e legisladores dos dois blocos, incluindo o Parlamento Europeu.