A sucessão familiar no campo tem sido impulsionada pelo uso de tecnologias cada vez mais modernas, com a nova geração atenta não só a manutenção do legado familiar, mas também com expansão dos negócios de maneira sustentável. A inovação tem contribuído diretamente para que essa safra de profissionais do campo consiga ampliar a produtividade de suas lavouras, com um manejo mais eficiente dos insumos, gerando rentabilidade.
Na propriedade de 4.800 hectares de Airton Katzer, em Jataí (GO), mudanças gradativas na lavoura têm sido adotadas graças a Bruno Katzer, filho do produtor. O jovem agrônomo está no negócio da família desde que “se entende como gente” e, profissionalmente, desde a conclusão da faculdade, em 2021. Foi nessa época que começou a implantar soluções tecnológicas vislumbrando ampliar a eficiência da produção de milho e soja, como o uso dos dados e insights gerados pelo FieldView, plataforma de agricultura digital da Bayer.
Bruno tem liderado a transformação digital da fazenda e, recentemente, aderiu ao Bayer VAlora Milho. O programa é uma iniciativa pioneira da multinacional alemã e faz parte da estratégia de oferecer soluções de agricultura digital e modelos inovadores de negócio aos produtores conectados.
A ideia do Bayer VAlora é otimizar a densidade populacional de sementes de milho a partir de recomendações personalizadas para cada ambiente produtivo. As prescrições são geradas pelo FieldView, com base nos dados georreferenciados dos talhões mapeados pela plataforma. Além disso, a Bayer se compromete a compartilhar o risco com o produtor em busca do resultado proposto e, caso o objetivo não seja atingido, o investimento feito na compra adicional de sementes é ressarcido.
Na propriedade da família Katzer, foram escolhidas três áreas para testarem as recomendações do programa, com três híbridos diferentes de três marcas - Agroceres, Agroeste e Dekalb. No primeiro talhão, de 86 hectares, a densidade padrão era de 61 mil sementes/ha. A prescrição da Bayer propôs um acréscimo de 6,7%, totalizando 65,3 mil sementes em um mesmo espaço de terra. Esse incremento no plantio resultou em 4,5 sacas a mais que a área de testemunha (semeada com a densidade padrão). Já no segundo talhão, de 45,2 hectares, o usual era 62 mil sementes por hectare. As recomendações do Bayer VAlora levaram a uma semeadura de 66,6 mil (6,7% a mais), com uma performance final de 5 sacas/ha adicionais.
No terceiro talhão, também de 45,2 ha, recomendou-se aumentar em 5,2% os números de sementes plantadas, passando de 58 mil para 61,2 mil por hectare. Neste caso, a produção foi inferior a área de testemunha que registrou 179 sacas/ha, contra as 176 sacas/ha da área de recomendação VAlora. Segundo o produtor, a queda produtiva não se deu pela recomendação, mas sim devido ao plantio tardio e ao fator climático. “Tivemos uma chuva forte que derrubou muito milho no chão. Foi um desafio enorme na colheita. Se não fossem essas questões, eu tenho certeza de que teria produzido mais”, afirma Bruno.
Um dos fundamentos da inovação é experimentar hipóteses, e Bruno tem aproveitado o histórico de dados armazenados ao longo dos últimos quatro anos para aplicar testes de competição de híbridos. A prática consiste em escolher uma gama variada de germoplasmas e plantá-las lado a lado, comparando os dados de colheita de cada uma ao final. “No mapa de plantio, é possível ver certinho os talhões e contrapô-los depois. Essa análise ajuda a planejar o que será plantado nas próximas safras e os insumos químicos ou biológicos necessários”, comenta.
No FieldView, o mapa de velocidade é um recurso que proporciona comparações interessantes, explica Bruno. “Por exemplo, se em uma determinada área, com várias colheitadeiras trabalhando juntas, uma produziu um pouquinho a menos, já levanta um questionamento. Será que estava andando mais rápido que as demais ou talvez estivesse apenas jogando mais grãos fora?”, indaga.
O uso de ferramentas digitais no campo tem sido a base para que novos modelos de negócio sejam implementados. Soluções como o Bayer VAlora têm permitido que produtores rurais, com auxílio de dados, moldem o futuro da agricultura, tornando-a mais sustentável e rentável. "Nosso compromisso é facilitar a digitalização do campo, trabalhando com foco em nossa prioridade máxima, que é o cliente. Com inteligência e tecnologia, apoiamos agricultores como Bruno do início ao fim de suas jornadas", afirma Thiago Bortoli, líder de novos modelos de negócio da Bayer para a América Latina.
Diversas outras inovações no modo de entregar recomendações personalizadas vêm sendo trabalhadas e validadas pela Bayer no Brasil, segundo Bortoli. “Já temos testado outros exemplos de iniciativas junto a nossos clientes, como recomendações personalizadas sobre a dose, momento e local da gestão de nitrogênio dentro do Bayer VAlora e projetos que estão em pré-lançamento como o Bayer Directo Nematoide, voltado para a prescrição customizada do nematicida Verango Prime para talhões de soja”, afirma.
"A rápida evolução da agricultura digital apresenta cada vez mais oportunidades disruptivas. Para que produtores consigam aproveitar amanhã essas inovações que chegam ao mercado, é preciso que coletem dados e conectem suas propriedades hoje", conclui o executivo da Bayer.
O início da safra 2023/2024 está sendo fortemente influenciado pelas variações climáticas provocadas pelo fenômeno El Niño. Com isso, o Bruno pretende utilizar a recomendação do Bayer VAlora e adquirir sementes de híbridos com ciclos de vida mais curtos. “Para a produção milho, com o tempo mais seco que o normal, uma planta que cresce mais rápido é o ideal para aproveitar o restante do período de chuva.”
Para o futuro, a intenção é dobrar a quantidade de hectares inscritos, no programa de densidade ideal para milho. “O FieldView me auxilia muito em tomadas de decisões mais assertivas e tornam o meu ambiente mais produtivo. O relacionamento com o representante técnico de vendas faz a diferença também. Ao longo do VAlora, fizemos mudanças de talhão e prescrição e contamos com o suporte especializado para buscar as melhores soluções para nossa realidade”, finaliza Bruno.