Publicado em 09/01/2024 07h12

Soja só se move para baixo: entenda

No Paraná, as baixas foram pontuais e não afetaram o mercado.
Por: Leonardo Gottems

O único sentido em que a soja brasileira caminhou no dia de ontem foi para baixo, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. Na Região Sul do Brasil, por exemplo, somente o Rio Grande do Sul se manteve da mesma forma, com Santa Catarina e Paraná registrando queda.

“Um dia muito lento no RS, e assim seguirá até que se observe com clareza o potencial da nova safra de soja no RS, que deverá ser colhida fim de março, indo até começo de maio deste ano. Assim como os demais estados, as negociações estão paradas em Santa Catarina. O produtor está aproveitando a ampliação do calendário de semeadura, que ampliou em 20 dias o plantio no estado e, enquanto isso, o preço cai cerca de 5 reais a saca”, comenta.

No Paraná, as baixas foram pontuais e não afetaram o mercado. “Ainda trabalhando na incerteza, a sessão de hoje vê preços bastante variados com quedas ocorrendo no cenário internacional. O nível de demanda, por sua vez, se vê ainda em pontos baixos se comparado a normalidade do mercado, o foco está mais no milho. Em relação à soja futura, da safra 2023/24, a ideia de compra girava em torno de R$ 125,00 por saca CIF Ponta Grossa, marcando queda de R$ 1,00/saca em relação ao último pregão, com entrega no começo de maio e pagamento no fim de maio”, completa.

As quedas expressivas do Centro-Oeste foram mais expressivas no Mato Grosso do Sul. “Preços no dia passaram por quedas bem expressivas de até R$ 6,00/saca. Compradores indicavam entre R$ 124,00 e R$ 121,00 por saca FOB com retirada em 15 de janeiro e pagamento em 30 de janeiro, vendedores não se interessaram por valores inferiores a R$ 135,00. Vendedores estão fora da mesa sem oferta de lotes. A comercialização antecipada da soja também está lenta. Compradores propunham R$ 115 por saca FOB com retirada em março e pagamento em 30 de abril, mas sem reporte de vendas”, conclui.

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