Publicado em 03/01/2024 18h02

Eventos climáticos extremos devem se acentuar

Entidades estão preocupadas.
Por: Leonardo Gottems


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Gerd Altmann por 
Pixabay

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), vinculada à ONU, alertou que 2024 pode ser um dos anos mais quentes da história, superando 2023, com previsão de eventos climáticos extremos intensificados, como ondas de calor, secas, incêndios florestais, chuvas fortes e inundações. A situação é agravada pelo "super El Niño", previsto até abril. O ano anterior, 2023, já registrou recordes de temperatura, associados a ondas de calor, chuvas intensas e inundações, atribuídos à mudança climática pela OMM.

O último Relatório Síntese sobre Mudança Climática do IPCC, divulgado no ano passado, indica preocupações significativas. A superfície global da terra aumentou 1,1 grau Celsius entre 2011-2020 em relação ao período 1850-1900. Prevê-se um aumento adicional de 1,5 grau Celsius na temperatura global na primeira metade da próxima década. 

Os pesquisadores alertam que controlar o aumento para 2 graus Celsius, conforme o Acordo de Paris, será muito difícil, resultando em agravamento da insegurança alimentar e hídrica, mudanças irreversíveis em ecossistemas e impactos significativos na biodiversidade e populações específicas.

O CEO da certificadora brasileira de créditos de carbono Tero Carbon, Francisco Higuchi, destaca que desde 2020 o relatório do IPCC enfatiza a impossibilidade de reverter a situação climática, apenas mitigar os efeitos. Ele observa que, durante a pandemia de COVID-19, houve uma redução significativa nas emissões de gases do efeito estufa, mas sem alteração na tendência de aumento da temperatura. Isso sugere que os efeitos atuais são resultado das emissões passadas. Higuchi enfatiza a necessidade de intensificar mecanismos para preservar a humanidade e nosso modo de vida.

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