A Agrotoken, após atrair a Visa, conquistou um novo investidor significativo - a Bunge, uma das principais tradings agrícolas globais, investiu US$ 4 milhões na startup. Este aporte fez da Bunge o principal investidor na rodada pré-série A, totalizando US$ 12,5 milhões levantados, avaliando a Agrotoken em algumas dezenas de milhões de dólares.
Fundada por Eduardo Novillo Astrada e Ariel Scaliter, a Agrotoken utiliza tecnologia blockchain para tokenizar commodities agrícolas, com lastro em ativos reais. Astrada, conhecido por suas realizações no polo na Argentina, trocou o esporte pela tecnologia ao se associar a Scaliter, especialista em blockchain e criptoeconomia.
Eduardo Novillo Astrada, co-fundador da Agrotoken, expressou a ambição da empresa de se tornar líder no setor agrícola, fazendo uma analogia ao sucesso do Spotify em relação ao Napster. Ele destacou a parceria com a Bunge como um passo significativo para a dominação do mercado, mas salientou que a empresa permanece aberta a atrair outros parceiros estratégicos.
Astrada enfatizou que a entrada da Bunge não implica exclusividade, permitindo a exploração de oportunidades com outros potenciais parceiros. Ele mencionou a possibilidade de seguir o exemplo do Spotify, buscando mais colaborações estratégicas no campo agrícola.
“Sempre falamos que queremos ser o Spotify e não o Napster. É muito importante ter o player mais importante do agro. Mas não tem exclusividade. Abre as portas para conversar com outros”, diz Astrada.
A Agrotoken, inicialmente centrada em resolver desafios cambiais para agricultores argentinos, expandiu rapidamente para o Brasil, onde se consolidou como seu principal mercado. A decisão de entrar no Brasil foi elogiada, destacando o pioneirismo do Banco Central na digitalização da moeda, incluindo o PIX e o desenvolvimento do Real Digital (Drex). A presença da Agrotoken no mercado brasileiro ganhou impulso, especialmente após a parceria com a Visa, que resultou no lançamento de um cartão de crédito lastreado nos tokens de soja da startup.