Publicado em 18/12/2023 07h35

Vamos ter bastante milho em 2024?

“Avanço do dólar ante o real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras".
Por: Leonardo Gottems

De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, os mercados, tanto interno, quanto externo, estão temerosos sobre a disponibilidade da oferta da próxima Segunda Safra Brasileira de milho, diante dos problemas que estão acontecendo com o atraso da safra de soja e clima. “Com isto, nossa recomendação é seguir atentamente todos os passos do plantio da próxima safra brasileira de milho, tentando ver se a sua disponibilidade aumenta ou diminui. Dependendo do tamanho da próxima safra as cotações podem subir ou cair”, comenta.

Dentre os fatores de alta estão o Plano do Departamento do Tesouro dos EUA para combustíveis sustentáveis de aviação, que pode permitir mais à frente que fabricantes de etanol de milho reivindiquem créditos fiscais e os preços no Brasil. “No Brasil, os preços subiram 2,47% na semana e fortes 7,70% no mês, seguindo a disputa entre exportadores e indústrias locais, diante da possibilidade de problemas climáticos com a primeira frade milho”, completa.

Dois são os fatores de baixa, sendo eles o avanço da colheita e oferta de milho argentino no mercado internacional e o avanço do dólar ante o real. “De acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o plantio no país avançou 9 pontos porcentuais na última semana, para 49,3% da área total prevista, de 7,1 milhões de hectares. A parcela da safra em condição entre normal e excelente atingiu 99%”, indica.

“Avanço do dólar ante o real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras. As exportações brasileiras, neste semestre, estão muito acima do mesmo semestre do ano passado, tirando dos EUA algumas oportunidades e pressionando as cotações de Chicago”, conclui a consultoria.

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