Publicado em 22/10/2014 15h49

Apabor tenta articulações políticas para setor da borracha sair da crise

Segmento também conta com Pepro para vender safra 2013/2014
Por: Redeção Globo Rural

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A Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha (Apabor) se articula para achar soluções para a crise que assola o setor. Em agosto participaram de uma reunião com o ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante para discutir medidas futuras. No fim de outubro contarão com leilões do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), anunciado no Diário Oficial da União no começo do mês, 

“O problema da queda de preço é grave. O ministro Mercadante analisou as reivindicações da Apabor, braço executivo da associação brasileira de produtores, e o governo federal acabou por liberar recursos para a garantia de preço mínimo aos produtores de borracha na safra 2013/2014. Está é uma grande conquista da Apabor, que tem como um dos principais objetivos atuar junto ao governo para tratar assuntos relevantes, como a lei do subsídio”, afirma Fernando do Val Guerra, diretor de comunicação da Apabor.

Os produtores que quiserem participar do leilão devem estar adimplentes junto ao Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e possuir cadastro em situação regular no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf). A Apabor está disponível para atender os associados e ajudar na gestão dos documentos.

O primeiro leilão deve acontecer até o final de outubro. Serão disponibilizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) R$ 20 milhões, e devem atender os Estados que pratiquem preços abaixo do mínimo, que é R$ 2 por quilo de borracha natural com DRC de 53%.

Preços

Em São Paulo, maior Estado produtor de borracha atualmente, o preço médio da borracha seca de 53% em setembro foi de R$ 1,65 por quilo, valor 1,2% inferior ao mês anterior. Já comparado ao mesmo mês de 2013, a queda é de 28% com o quilo por R$ 2,28 no período.

O preço do GEB-10 em setembro de 2014 foi de R$ 4,31 por quilo, contra R$ 5,70 por quilo em setembro do ano passado; queda de 24%.

A produção em 2014  deve ser 10% menor, atingindo o volume de 165 mil toneladas de borracha natural. O motivo da queda é atribuída à falta de chuvas por longos períodos no interior de São Paulo e ocorrência de pragas no sul da Bahia. 

“O próximo ano deve ser melhor, com chuvas melhor distribuídas. É a expectativa. Espera-se que a produção alcance a marca de 190 mil toneladas de borracha”, afirma o diretor-executivo da associação, Heiko Rossmann.

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