Publicado em 11/12/2023 18h07

MS tem a melhor safrinha de milho dos últimos 10 anos, superando 14 milhões de toneladas

O levantamento da produtividade de milho foi realizado entre os dias 26 de junho e 16 de novembro.
Por: Semadesc - Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação

A produção do milho safrinha fechou o ano agrícola com mais um recorde de produção, superando 14 milhões de toneladas colhidas, registrando a maior safra dos últimos 10 anos no Estado. Entre a safra 2012/2013 e a safra 2022/2023 a produção saltou 81,3%, a área plantada aumentou 49,8% e a produtividade cresceu 21,0%. O levantamento da produtividade de milho foi realizado entre os dias 26 de junho e 16 de novembro, pelo Projeto de Sistemas de Informações Geográficas do Agronegócio de MS (SIGA-MS) da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação) em parceria com a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (APROSOJA-MS) e Famasul.

De acordo com os dados, a área de milho na 2ª safra 2022/2023 em Mato Grosso do Sul alcançou a marca de 2.355.016,62 hectares e a produtividade média ponderada foi de 100,64 sc/ha. As médias ponderadas de produtividade por regiões foram de: 128,60 sc/ha para região norte que representa aproximadamente 11,1% da área acompanhada pelo projeto; 100,13 sc/ha para a região centro que representa cerca de 20,9% área acompanhada pelo SIGA-MS e 96,25 sc/ha para região sul, que representa aproximadamente 68,0% da área de cultivo acompanhada pelo projeto. Gerando a produção total de milho em Mato Grosso do Sul alcançou a marca de 14.220.532,37 toneladas na 2ª safra 2022/2023.

O resultado favorável foi obtido, segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Jaime Verruck por uma junção de fatores. “Tivemos desde uma boa quantidade de chuvas em períodos decisivos para o desenvolvimento da cultura, além de uso de mais tecnologias no plantio e desenvolvimento doa cultura que vão de técnicas como uso de agentes biológicos até sistemas de consórcio”, destacou.

A adoção de tecnologias ajudou a manter a regularidade nas condições das lavouras e minimizou a influência dos efeitos climáticos adversos à produção. Assim, foi possível garantir a manutenção da produtividade nas principais regiões produtoras do Estado, como sul e centro, que detêm 88,9% da produção. Os principais municípios produtores de milho do estado, como Maracaju, Sidrolândia, Ponta Porã, Dourados e Rio Brilhante, quando somados, representam 42% na média estadual e apresentaram médias entre 98 e 106 sc/ha.

Também alguns municípios que influenciaram positivamente na região norte, como Alcinópolis, Chapadão do Sul, Costa Rica, Figueirão, Paranaíba, São Gabriel do Oeste e Coxim. Isso se deve ao plantio antecipado, melhor fotoperíodo e à adoção das melhores tecnologias aplicadas ao manejo da cultura.

 

Nesta safra, os municípios de Santa Rita do Pardo, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Aparecida do Taboado, Selvíria, Brasilândia e Três Lagoas se destacaram positivamente na produtividade. Geralmente, esses municípios não alcançam patamares elevados na produtividade devido à baixa pluviometria. No entanto, nesta safra, isso foi possível porque a área semeada de milho nesses municípios é 98% em área irrigada.

Outro ponto importante destacado por Verruck foi que nas últimas safras hpuve um avanço da cultura do milho de segunda safra ocupando em média, 67% da área de soja.

Ranking dos municípios

Os municípios que registraram valores acima da produtividade média estadual foram: Alcinopólis, com 156,2 sc/ha; Chapadão do Sul e Costa Rica, com 143,9 sc/ha; Figueirão, com 135 sc/ha e Santa Rita do Pardo, com 132,2 sc/ha. Além desses, os municípios de Paranaíba, São Gabriel do Oeste, Coxim, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Paraíso das Águas, Cassilândia, Aral Moreira, Aparecida do Taboado, Douradina, Sonora, Rio Brilhante, Maracaju, Corumbá, Dourados, Laguna Carapã, Bandeirantes, Camapuã e Anastácio também tiveram a produtividade acima da média estadual.

Industrialização

O movimento e industrialização do milho no Estado na produção de etanol também ajuda a agregar valor a esta super produção, afirma Jaime Verruck. Ele lembra que no Estado, já está operando a planta da Inpasa em Dourados que já iniciou sua segunda fábrica em Sidrolândia. O investimento será de R$ 1,2 bilhão na construção de uma segunda planta.

Além disso, a usina de etanol de milho Neomille,  localizada em Maracaju, começará suas operações no primeiro semestre de 2024.  A planta, que pertence à CerradinhoBio, maior complexo de milho em produtor de bioenergia da América Latina, teve um investimento de cerca de R$ 1 bilhão e prevê a criação de 180 empregos diretos.

Localizada à margem da rodovia MS-157, a usina abrange uma área de 115 hectares. Em sua capacidade máxima de operação, irá processar 1,2 milhão de toneladas de milho anualmente, convertendo-as em 510 mil metros cúbicos de etanol. Além disso, a usina tem capacidade para produzir 310 mil toneladas de farelo de milho (DDG) por ano, gerar 100 GW de energia e fornecer 22 mil metros cúbicos de óleo de milho anualmente.

Verruck acrescenta que a super produção de milho consolida o papel de MS como exportador de milho para proteína animal e consumo interno. “Foi uma safra excelente, que fortalece o mercado local de proteína animal e a produção de combustível renovável que é o etanol de milho”, concluiu.

Publicidade