Colher uma safra de soja com alta produtividade já é realidade para produtores brasileiros que investem em tecnificação e inovação. Com aplicação de soluções biotecnológicas e técnicas avançadas de manejo, sob orientação de profissionais especializados, sojicultores de diferentes regiões brasileiras obtêm resultados bastante expressivos. É o caso de João Lincoln Reis Veiga, proprietário da Fazenda Congonhal, do grupo Santa Lídia, no município de Nepomuceno (MG), que atingiu a produtividade de 134,46 sacas por hectare (sc/ha) na safra 2022/2023. Essa performance, 127,1% superior à média nacional (59,1 sc/ha), lhe rendeu o título de campeão do 15º Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja.
Campeão do 15º Desafio CESB, João Lincoln Reis Veiga (primeiro à esquerda), com as equipes da Fazenda Congonhal e da Alltech Crop Science.
O concurso anual é promovido desde 2008 pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), uma organização sem fins lucrativos que busca promover o avanço da produtividade média e a sustentabilidade da sojicultura no País. Na última edição do desafio, com mais de 6.500 participantes, a média entre os dez primeiros colocados foi de 121,08 sc/ha, um ganho de 104% sobre a média nacional, enquanto a média geral dos inscritos foi de 87 sc/ha. “O desafio incentiva a adoção de técnicas avançadas de manejo, uso adequado de tecnologia, pesquisa e inovação, além de promover a troca de conhecimento entre os participantes e contribuir para o aumento da produtividade da soja de forma sustentável”, explica o diretor técnico do CESB, Luiz Silva.
João Lincoln atribui o resultado ao coroamento do trabalho feito nos últimos anos, fruto da tecnificação da produção e da tecnologia das empresas parceiras, como a Alltech Crop Science, fornecedora da maioria dos produtos utilizados na área de plantio vencedora. “A Alltech Crop Science trabalha muito com a gente no dia a dia, trazendo inovação, e é um dos principais pilares para termos alcançado essa produtividade tão alta e a premiação do CESB”, afirma o consultor técnico do grupo Santa Lídia, Gerson Justo. Entre os fatores que contribuíram para atingir o patamar elevado de produtividade, ele destaca: construção do perfil do solo (físico, químico e biológico); escolha da cultivar mais adequada implantada à cultura; conhecimento da área e da fisiologia da planta; fornecedores de qualidade e rigor.
Estratégia nutricional
Segundo o engenheiro agrônomo Gabriel Tosetti, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da Alltech Crop Science, os produtos têm grande participação na estratégia de manejo nutricional, mas outros fatores também impactam no desempenho da lavoura, como cuidado e zelo na operação (atualização tecnológica dos profissionais da fazenda), confiança nos parceiros (com a presença de engenheiros agrônomos da empresa que dão suporte na condução do cultivo), gestão de pessoas (para valorização dos funcionários), estratégia (timing de uso de cada produto) e processos (como cuidar da velocidade da planta e da profundidade da semente).
Na fase de tratamento das sementes, João Lincoln usou micronutrientes que estimulam o enraizamento da planta e um estimulador hormonal que também protege o crescimento. Nos primeiros 45 dias, o vencedor do desafio utilizou micronutrientes para atender a demanda nutricional da cultura, além de cálcio, magnésio e boro - para formação dos órgãos reprodutores, crescimento e desenvolvimento do vegetal - e de um estruturador e regulador hormonal da planta. Após os 45 dias iniciais, repetiu as aplicações dos mesmos produtos. Além disso, aplicou aminoácidos, que ajudam a planta a enfrentar os fatores de estresse ambiental em todas as entradas de pulverização. Próximo ao fim do ciclo, também empregou uma solução que auxilia na estruturação final do enchimento dos grãos.
“O campeão do CESB usou a estratégia nutricional de estruturação da planta à base de micronutrientes e aminoácidos para construir um ambiente produtivo e depois utilizou ferramentas adequadas durante todo o ciclo para dar sustentação à alta produtividade”, comenta Tosetti. Neste processo, o grupo Santa Lídia incluiu práticas voltadas para o perfil nutricional, culturas de cobertura e tratamento biológico. “Com o ambiente solo construído, aumenta a resistência e a resiliência da planta e a produtividade sofre menos variações em função do clima”, aponta. Além de João Lincoln, outros treze participantes do Desafio usaram produtos da Alltech Crop Science no manejo, todos com números acima das médias. A produtividade mínima atingida foi de 73,18 sc/ha (24% superior à média Conab) e a produtividade média foi de 90,32 sc/ha (3% superior à média CESB).
Dicas
As inscrições para o 16º Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja, que tem a Alltech Crop Science como patrocinadora, estão abertas até 31 de janeiro de 2024. Interessados devem seguir as instruções disponíveis no site https://www.cesbrasil.org.br/ . Para os sojicultores que almejam melhorar a produtividade, os cuidados começam pela escolha correta dos produtos. “O acompanhamento/monitoramento das áreas e implantação dos manejos agrícolas na época, modo e/ou quantidade certa, assim como a construção do perfil do solo são alguns dos fatores que podem auxiliar na obtenção de altas produtividades com rentabilidade”, destaca o diretor do CESB. “Alinhada com sua visão de Planeta de Abundância, a Alltech Crop Science investe muito em tecnologia e pesquisa para desenvolver e oferecer ao mercado soluções biotecnológicas voltadas à obtenção de uma produção agrícola sustentável e rentável”, ressalta Tosetti.