Durante décadas de produção agrícola pouca atenção foi dada à saúde do solo, resultando assim em um elevado número de áreas degradadas. A partir de 1970, essa história começou a mudar com o advento do Sistema Plantio Direto (SPD) e o método mais conservacionista de trabalhar a terra ajudou a recompor a estrutura física das áreas, reduzindo o impacto da atividade no meio ambiente. Mais recentemente um outro importante passo vem sendo dado, com o advento da agricultura regenerativa. Com isso, tão importante quanto conservar o solo, passou a se conhecer seus detalhes e características para assim ser ainda mais assertivo e sustentável no manejo e aplicação de produtos na lavoura.
Para ajudar a acelerar ainda mais esse processo com soluções que permitam ajustes no manejo para alavancar a produção agrícola, a Superbac, empresa pioneira em biotecnologia, disponibiliza o Databac. A plataforma de serviços em análises biológicas de solo é uma ferramenta que usa como referência o Smartdata, um banco de dados composto por análises de microbiomas e pelas bioanálises de solo (BioAS).
O Smartdata reúne informações próprias de mais de 400 cidades brasileiras com foco no cultivo de soja, milho, cana, café e trigo. Segundo Leonardo Alves, doutor em genética e biologia molecular e coordenador de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Superbac, nos últimos seis anos a empresa vem fazendo esse detalhado mapeamento dos solos agrícolas do Brasil. As pesquisas reuniram dados de mais de 3.000 microbiomas, além de 100 mil sequências de DNA de bactérias, 10 mil análises de fertilidade e ainda outros 2.000 mil indicativos de enzimas do solo.
“Oferecemos uma análise completa de fungos, bactérias e enzimas. Traçamos ainda um comparativo com a produtividade e com a composição esperada de microrganismos nos solos, com leituras mais próximas da realidade do produtor, facilitando a avaliação da qualidade das propriedades”, destacou.
Com a plataforma, o produtor pode ter um olhar diferente para sua produção, ou seja, com as análises de microbiomas, por exemplo, é possível identificar as bactérias e fungos, além de conhecer suas funções e como estão distribuídas. Além disso, com o BioAS, que foi desenvolvido pela Embrapa, é possível ter a análise de enzimas integradas com a fertilidade, gerando índices de qualidade do solo e dinâmica de nutrientes. Isso significa ver os resultados da vida dos microrganismos, identificando se o solo está saudável e equilibrado.
Também há a possibilidade de entender se os solos analisados contêm abundâncias diferentes de bactérias e fungos benéficos e patógenos às plantas. “O Databac é uma ferramenta que permite olhar para o solo de forma inovadora. Além disso, a Superbac está entre um seleto grupo de laboratórios credenciados pela Embrapa para oferecer o serviço de bioanálises, o BioAS”, explicou o doutor em genética e biologia molecular.
A Superbac tem se posicionado na vanguarda quando se fala em pesquisa utilizando Biologia Molecular de microrganismos e Bioinformática. No seu Centro de Inovação também são sequenciados e analisados genomas completos das bactérias, por exemplo. “Ou seja, analisamos e decodificamos todo o quebra-cabeças que é o DNA da bactéria e conseguimos saber especificamente do que ela é capaz. Essas informações são importantíssimas e nos ajudam principalmente no desenvolvimento de novos produtos mais eficazes para o campo”, acrescenta o especialista.
A plataforma da Superbac está disponível para toda a classe produtora do país e tem tido grande procura desde o seu lançamento. Isso mostra a preocupação por parte deles (produtores) com a preservação de suas áreas. Segundo Alves, em sua maioria os clientes têm interesse em avaliar as regiões que estão sendo regeneradas para saber de fato a efetividade deste manejo.
Há ainda os interessados em aumento de produtividade, bem como os que buscam melhorar a quantidade de microrganismos do solo e a plataforma consegue associar os dados a esses objetivos. “Essa tecnologia é algo que de fato é voltada para uma prática agrícola mais sustentável e eficiente. Juntamente a isso, a agricultura regenerativa está em alta hoje e a tendência é que a classe produtora busque essas soluções para melhorar o solo de suas lavouras”, finaliza o coordenador de P&D&I.