Publicado em 03/11/2023 08h00

Chicago olha China e soja sobe

O clima no Brasil, chuvoso de um lado e seco do outro, ainda é o principal fator de sustentação.
Por: Leonardo Gottems

Na Bolsa de Chicago, a soja fechou em alta, de olho no mercado Chinês, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O contrato de soja para janeiro24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em alta de 1,01 %, ou $ 13,25 cents/bushel a $ 1328,25”, comenta a consultoria.

“A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,91 % ou $ 12,25 cents/bushel a $ 1354,75 O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em baixa de - 0,95 % ou $ -4,1 ton curta a $ 426,3 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 0,84 % ou $ 0,42/libra-peso a $ 50,32”, completa.

O clima no Brasil, chuvoso de um lado e seco do outro, ainda é o principal fator de sustentação dos preços em Chicago, mas dois fatores comerciais ligados a China deram um impulso na cotação do dia. “O primeiro, as vendas semanas divulgadas pelo USDA vieram dentro do esperado, mas com o detalhe que a China foi o grande comprador no período, das 1.010.000 toneladas toneladas negociadas, 976,8 mil toneladas tem como destino os portos chineses.

O segundo foi a reunião em Pequim de representantes do setor agrícola dos EUA – incluindo o Conselho de Exportação de Soja, o Conselho de Grãos e a Associação de Trigo – com os seus homólogos chineses para discutir acordos comerciais que aumentam as expectativas de novos negócios. Vale lembrar que uma delegação chinesa foi ao Iowa, nos Estados Unidos, há poucos dias e assinaram cartas de acordo para comprar grãos, especialmente soja”, indica.

A China já comprou esse ano 14,4% a mais de soja que o ano anterior. “O farelo de soja fechou de forma mista com os fracos dados de exportação. O óleo de soja fechou em alta com dados de esmagamento interno dos EUA mostrando aumento 3,4% para setembro em relação a agosto e 4,3% acima do mesmo mês em 2022”, conclui.