Na última semana, os preços do milho registraram uma queda nos portos brasileiros. De acordo com os pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), essa pressão de baixa foi impulsionada principalmente pelas desvalorizações no mercado externo e pela variação cambial do dólar.
Apesar dessas quedas, os preços do milho em importantes portos como Paranaguá (PR) e Santos (SP) ainda se mantêm acima dos valores observados no mercado interno. Isso tem mantido o interesse de parte dos produtores em realizar negócios voltados principalmente para a exportação.
Como resultado das negociações que ocorreram nos meses anteriores, o ritmo de embarques de milho do Brasil está atualmente em um patamar intensivo. De acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), nos primeiros 14 dias úteis de outubro, o Brasil já exportou 5,89 milhões de toneladas de milho. Esse volume corresponde a 87% do total exportado no mesmo mês do ano anterior, que foi de 6,78 milhões de toneladas.
Se a atual taxa diária de embarques de 420 mil toneladas de milho se mantiver até o final de outubro, o Brasil poderá alcançar um volume total de exportações de 8,84 milhões de toneladas. Esse número supera a estimativa da Anec (Associação Nacional de Exportadores de Cereais), que projetou 8,2 milhões de toneladas.