De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, citando dados da Agrinvest, até o início de outubro, os produtores haviam adquirido apenas 34% das sementes necessárias para a safrinha, quando a alíquota normal seria de 76%. Há temores de que o clima desfavorável e os atrasos no plantio de soja em algumas áreas de cultivo do Brasil acabem prejudicando a segunda safra de milho do País.
“As altas temperaturas em Mato Grosso atrasam "o desenvolvimento da soja e, em consequência, a próxima semeadura do milho, que já se encontra com os custos elevados", disse em nota o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Fernando Cadore. Muitas consultorias particulares já estão reduzindo as suas expectativas sobre a área a ser plantada para as próximas primeira e segunda safra de milho no Brasil, principalmente devido ao atraso no plantio atual de soja”, comenta.
Alguns embarques de grãos nos rios do Norte do Brasil foram interrompidos devido à seca histórica do Brasil, que fez com que os afluentes do rio Amazonas caíssem ao nível mais baixo em mais de um século. China está transferindo algumas compras de grãos para os EUA devido a problemas de transporte no Brasil.
“A semeadura da safra 2023/24 no país alcançou 19,9% da área prevista, de 7,3 milhões de hectares, avanço de 0,6 ponto porcentual em relação à semana anterior, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires na quinta-feira. Faltando uma semana para o fim da janela ideal de plantio de milho precoce, produtores começaram a optar pela semeadura de milho tardio, disse a bolsa”, conclui.