De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconônomica, é possível que o milho suba bastante, mas a resposta para essa dúvida virá só em dezembro. “Os dois relatórios divulgados nesta semana são contraditórios: enquanto os EUA preveem uma safra brasileira e uma exportação maiores, a própria Conab prevê forte redução, tanto na produção quanto nas exportações brasileiras para a temporada 2023/24. Se a Conab estiver certa, as cotações do milho em Chicago (e, consequentemente, no Brasil) tenderão a subir muito. Mas, só saberemos a partir de dezembro”, comenta.
Um fator importante é que o Brasil deve passar de primeiro para terceiro maior exportador de milho. “Em seu primeiro relatório mensal de estimativas agrícolas para 2023/2024, a Conab projetou nesta terça-feira a área destinada ao milho no Brasil em 21,19 milhões de hectares, abaixo dos 22,26 milhões da safra anterior; produtividade, em 5.636 quilos por hectare, abaixo dos 5.925 quilos anteriores e produção, em 119,40 milhões de toneladas, abaixo dos 131,89 milhões em 2022/2023. No caso particular da safrinha, a entidade prevê uma queda entre campanhas de 102,18 para 91,22 milhões de toneladas”, completa.
Nesse contexto, os fundos apostam na alta do milho. “A atualização semanal do CFTC mostrou uma enorme cobertura de vendas a descoberto durante a semana que terminou em 10/10. Os Fundos fecharam 36,6 mil posições vendidas (11,3% das existentes) e adicionou 10 mil novas posições compradas, resultando em um contrato líquido vendido menor de 47 mil contratos, de 112.691 contratos. Os hedgers comerciais expandiram seus contratos líquidos vendidos em 40 mil contratos, tanto em liquidação longa quanto em novos hedges líquidos vendidos, para 74 mil contratos”, conclui.