No Brasil, os preços da soja acompanharam o recuo do dólar e, também, recuaram entre 0,81% e 2,99% nesta semana, segundo a TF Agroeconômica. Nesse contexto, a consultoria segue na sua recomendação de transformar a soja em dinheiro antes que o preejuízo aumente. “As exportações brasileiras de agosto e setembro foram acima da média, mas as de outubro em diante tendem a ficar na média, por falta de produto, que já está se esgotando”, comenta.
“Com isto, os preços internos tendem a seguir a demanda e continuam recuando, motivo pelo qual aconselhamos nossos clientes a transformarem a soja em dinheiro e investirem no seu próprio negócio ou no mercado financeiro, onde certamente crescerão, ao contrário da perspectiva do mercado, que tende a cair”, completa.
O fator baixista é a menor importação da oleaginosa pela China em agosto. “A China, maior comprador mundial do grão, importou 7,15 milhões de toneladas de soja em setembro, 7,38% menos que setembro do ano passado e 23,6% abaixo do reportado em agosto, de acordo com dados preliminares publicados hoje pela Administração Geral de Alfândegas do país (Gacc, na sigla em inglês). Em valor, as importações chinesas de soja no mês passado totalizaram US$ 2,92 bilhões. No acumulado do ano, as compras de soja pela China somaram 77,8 milhões de toneladas, incremento de 14,4% ante igual período de 2022”, indica.
Um fator altista é o aperto na oferta norte-americana. “Ontem, em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) cortou a estimativa de produção de soja no país em 2023/24 de 4,146 bilhões de bushels (112,85 milhões de toneladas) para 4,104 bilhões de bushels (111,70 milhões de toneladas)”, conclui.