O uso de antimicrobianos em animais apresenta vários riscos, os quais podem afetar tanto a saúde deles quanto das pessoas. Quando usados de forma não prudente, os antibióticos a longo prazo podem levar ao desenvolvimento de resistência. Isso significa que eles perdem o efeito contra bactérias e outros micro-organismos, tornando mais difícil ou mesmo impossível tratar infecções nos animais e nos humanos. A transferência de genes de resistência entre micro-organismos também é uma preocupação, pois pode levar à disseminação de resistência.
Em animais de produção, como bovinos, aves, suínos e peixes, o uso indiscriminado de antimicrobianos pode resultar na presença de resíduos dessas substâncias na carne, leite e ovos. Isso representa risco para a saúde humana, uma vez que se os resíduos estiverem acima dos limites seguros ou se acontecer o consumo regular de produtos contaminados os consumidores também podem desenvolver resistência antimicrobiana ao longo do tempo.
A Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH) divulgou relatório histórico mostrando progressos encorajadores no combate à resistência antimicrobiana. A utilização de antimicrobianos em animais diminuiu 13% em três anos, marcando novamente uma mudança significativa nos esforços contínuos para preservar a eficácia desses medicamentos críticos. Menos de 20% dos antimicrobianos utilizados em animais em 2019 eram da mais alta prioridade e importância crítica para a saúde humana.
Outro ponto importante é que a excreção de antimicrobianos por animais tratados pode contaminar o meio ambiente, incluindo solos e águas, podendo ter efeitos adversos nos ecossistemas e na vida aquática, bem como contribuir para o desenvolvimento de resistência antimicrobiana em micro-organismos ambientais.
Dedicada a oferecer saúde e bem-estar aos animais há três décadas, a ICC oferece produtos à base de leveduras. Esses insumos são desenvolvidos com foco no fortalecimento do sistema imune e na saúde intestinal dos animais, proporcionando a eles as condições ideais para enfrentar os desafios diários, com uma reação mais rápida às adversidades sanitárias.
Os produtos são formulados com leveduras provenientes da fermentação do etanol, o que garante maior concentração de beta-glucanas. A partir da imunomodulação, as β-glucanas auxiliam a resposta imune do organismo para que ele fique em estado de alerta, ou seja, caso haja algum desafio a resposta pró-inflamatória será mais rápida e eficiente, sem que haja, com isso, superestimulação do sistema imune, prevenindo danos ao epitélio intestinal ou gasto metabólico excessivo.
O uso de leveduras na nutrição dos animais, além do valor nutricional, destaca-se pela aplicação como imunonutriente: ação frente aos patógenos, manutenção da integridade intestinal, melhoria do bem-estar e redução da taxa de mortalidade. No intestino, as leveduras estimulam a atividade fagocitária das células do sistema imunológico e promovem a aglutinação de bactérias patogênicas, proporcionando a proliferação de bactérias benéficas, como os lactobacilos e as bifidobactérias.
A implementação de boas práticas de manejo animal com leveduras representa alternativa aos antimicrobianos, contribuindo para reeducação dos produtores de animais sobre os riscos associados ao uso inadequado dessas substâncias.
*Ricardo Barbalho é diretor de contas chaves e relações institucionais da ICC, empresa líder em soluções nutricionais naturais à base de leveduras para produção animal