Temperaturas acima da média e períodos chuvosos irregulares. Estes são os principais efeitos climáticos do El Niño, fenômeno que será predominante na safra agrícola 2023/2024. A esperada variação de temperatura e umidade cria o ambiente ideal para o desenvolvimento de insetos – cuja pressão sobre os cultivos deve aumentar nos próximos meses. Nesse cenário, a cafeicultura também deve ser impactada pelo problema.
"Os insetos mais comuns nos cafezais são o ácaro-vermelho, o bicho-mineiro e a broca-do-café. Sua presença pode causar perdas de até 75% em algumas propriedades rurais. Em termos nacionais, esse problema fitossanitário pode significar perdas de 2,4 milhões de toneladas de café por safra, tendo como base os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)", informa o engenheiro agrônomo Leandro Valerim, gerente de inseticidas da UPL Brasil.
Se confirmada, essa perda representaria grande parte da produção do Sudeste, área mais pujante do país de café no país, que deve ter aumento do índice de chuvas com El Niño. Já no Norte, segunda região mais importante do país, a estiagem deve ser mais severa, enfatiza Valerim. Para ele, a adoção de um manejo eficiente é fundamental para manter a receita bruta de cerca de R$ 50 bilhões por safra, proporcionada pela cafeicultura brasileira.
Leandro Valerim recomenda que "para evitar prejuízos econômicos e manter a alta produtividade é essencial investir em tecnologias eficazes contra o espectro de insetos que afetam a cafeicultura. Soluções sustentáveis e com eficácia comprovada diferenciam-se no mercado".