A situação do milho continua deficitária, para quem produz somente os 80 sacos por hectare previstos nos cálculos do Deral-PR, de acordo com o que informa a TF Agroeconômica. “O mercado externo não ajuda muito, embora apresente alguma liquidez, que ajuda no escoamento dos estoques internos que, por outro lado, continuam deixando os compradores domésticos tranquilos quanto ao seu abastecimento. Não vemos chance, num horizonte de curto e médio prazo, de ocorrência de nenhum fator de alta”, comenta.
“Ao contrário, se for verdadeira a notícia de que a China comprou 1,0 milhão de toneladas de milho ucraniano e, se conseguir viabilizar o transporte, esta é mais uma notícia baixista no mercado, porque esvazia um pouco a demanda por milho brasileiro (afetando os prêmios) e americano (afetando as cotações de Chicago). Nossa recomendação seria aprender a usar o mercado futuro, único que pode trazer algum lucro aos produtores e comerciantes brasileiros de milho, qualquer que seja a tendência dos preços do mercado físico”, completa.
Nos EUA, o Relatório Trimestral do Departamento de Agricultura (USDA) foi positivo para o milho. “Segundo o USDA, os estoques de milho no país alcançavam 1,361 bilhão de bushels (34,57 milhões de toneladas) em 1º de setembro de 2023, redução de 1,16% ante igual data do ano passado, quando somavam 1,377 bilhão de bushels (34,98 milhões de toneladas). O número também veio 5% abaixo da média das expectativas de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, de 1,433 bilhão de bushels (36,40 milhões de toneladas). Então, por este lado, era para ser positivo”, conclui.