Projeções divulgadas pela TF Agroeconômica indicam que o preço da soja só vai subir no Brasil em caso de algum problema mais sério. “Daqui para frente, para o preço voltar a subir, só dando problema forte na safra brasileira, mas aí, é um tiro no pé, porque até você sai perdendo”, comenta.
“Com problemas financeiros, também não espere que a China aumente muito a demanda por soja brasileira além do normal. Aproveite que a cotação de maio (referência para a safra brasileira) está 3,68% acima da cotação de novembro (referência da safra americana) para fixar preço, porque o gráfico mostra tendência de baixa e não de alta”, completa.
Segundo a TF, quem comparou seu custo de produção com o preço excelente do mercado e vendeu sua soja em outubro de 2022, quando ainda estava plantando a safra atual e o preço estava a R$ 170/saca acabou tendo um bom resultado. “Este preço, hoje, equivale a R$ 184,15, com os ganhos financeiros e redução dos custos de carregamento da posição, enquanto o mercado atual está pagando apenas R$ 123/130/saca”, indica.
“Seu vizinho, que não vendeu, está amargando hoje um lucro bem menor: para um custo de produção ao redor de R$ 1 14,87, segundo o Deral, o seu lucro é de 60,31% e o dele, de 13,17%. Quem segue o mercado futuro e, especialmente os gráficos, tem melhores condições de definir a sua comercialização”, projeta.
Nessa temporada, a exportação brasileira, que, normalmente ocorre com maior volume no primeiro semestre e pouco no segundo, está tendo um segundo semestre bem volumoso,
com o embarque de setembro, por exemplo, previsto para ser 69,46% maior do que de setembro do ano passado. Também as exportações brasileiras no período de janeiro a julho (80,85 MT) já foram maiores do que todo o no anterior (78,85 MT) e estão previstas para atingirem 97 MT no total do ano comercial, segundo o próprio USDA.
