As startups têm em sua essência a principal característica de propor soluções inovadoras para problemas existentes e não resolvidos por grandes e consolidadas empresas, o que as torna extremamente dinâmicas e ágeis. Essa jornada na maioria das vezes não é fácil, boa parte delas desaparecem do mercado em menos de cinco anos. Somente uma pequena porcentagem consegue ter vida longa e outra fatia menor ainda atinge o ápice de se tornar unicórnio. Ou seja, isso significa alcançar algo tão difícil quanto encontrar a criatura mítica: ser avaliada em 1 bilhão de dólares antes de abrir seu capital em bolsas de valores.
O desafio para os jovens que querem desbravar o caminho do empreendedorismo e da inovação não é fácil, contudo também não é algo impossível de acontecer, desde que haja uma boa estratégia e orientação de especialistas no assunto. É neste sentido que nos últimos quatro anos a Cyklo Agritech, uma aceleradora de startups, 100% dedicada ao agronegócio, tem se destacado. Instalada em Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, mas com atuação em todo o MATOPIBA, região formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, desde 2019 a empresa ajuda a construir soluções inovadoras nesta área e seus resultados comprovam isso.
Segundo Pompeo Scola, CEO da Cyklo Agritech, consultor há mais de 40 anos no Brasil e no exterior, especialista no desenvolvimento de startups, desde a criação, a aceleradora já fez a mentoria de 20 jovens empresas. Deste total, 12 delas continuam ativas no mercado e juntas já faturam algo em torno de R$ 25 milhões por ano, com um valuation próximo de R$ 100 milhões somadas. “Nós pegamos a startup na fase inicial e em menos de um ano a transformamos em uma empresa formatada com clientes, produtos, com ofertas e faturamento. Algumas dessas inclusive já receberam novos investimentos e continuam crescendo e se destacando no mercado”, diz.
Para ajudar no desenvolvimento delas, a aceleradora conta com um fundo de investimento, que é composto por cotas divididas por pessoas dos mais variados perfis. O Fundo 1 que deu início ao projeto, captou e aplicou R$ 5 milhões que foram investidos nas primeiras startups. No final de 2021 foi lançado o Fundo 2 com o objetivo de captar R$ 10 milhões de investidores privados, por meio de cotas de participação 60% já alocado. “Deu tão certo, que temos um projeto em andamento com o intuito de montar outros dois polos de aceleração, um em São Paulo e outro em Santa Catarina, ampliando o leque de atuação, gerando mais oportunidades de captação de empreendedores”, adiantou Scola.
O corpo de mentores da aceleradora conta com mais de 30 profissionais experientes das mais diversas áreas de atuação e que juntamente com os investidores e parceiros, ajudaram a criar o modelo que norteia os novos empreendedores a alcançarem o tão sonhado sucesso. O primeiro passo dessa jornada começa com a inscrição das startups via editais. No começo essa abertura de chamado acontecia somente uma vez por ano, lançado geralmente no final de outubro para cadastramento até dezembro, para aproveitar o período de cultivo das safras de soja, milho e algodão.
Entretanto, neste ano isso mudou. Com o objetivo de acessibilizar para um número maior de interessados a oportunidade de integrar a aceleradora, as inscrições das startups podem acontecer a qualquer momento. Outra mudança importante foi que o programa de aceleração que tem duração de nove meses passa a ser semipresencial, ampliando assim a possiblidades para os jovens empreendedores. “Aceitamos startups de todo o Brasil e até do exterior, mas, o mais importante é que a solução que ela desenvolveu seja aplicada no MATOPIBA”, reforça o diretor.
Após a inscrição e avaliação virtual, as empresas postulantes passam por outras etapas até chegarem à fase de apresentação final, que acontece de forma presencial na sede da Cyklo. Geralmente são 10 selecionadas que passam a integrar o projeto. “Após aprovação, o próximo passo é criar um business plan do negócio. É feito um diagnóstico e desenhamos uma trajetória para a tecnologia ou solução que se apresenta como inovação tenha evolução”, destaca Scola.
Esse processo é estruturado sobre o tripé da sigla TPM (Tecnologia, Produto e Mercado), os quais são investigados para fazer a startup crescer. “Desenhamos essa jornada respeitando a ordem da sigla para de fato fazer o projeto acontecer. Não queremos que essas jovens empresas terminem processos de aceleração e morram por não estarem preparadas. Por isso, construímos aqui um modelo para que cheguem ao nono mês faturando. Por isso tem que ter um projeto bem estruturado que se viabilize no período estipulado”, acrescenta o CEO.
Após estes nove meses intensivos de trabalhos, a aceleradora continua acompanhando o desenvolvimento das startups por meio de reuniões mensais. “Montamos um conselho consultivo com o objetivo de auxiliar nas estratégias, assessorando com uma periodicidade mensal as startups já aceleradas. A ideia é fazer isso até cinco anos após a aceleração, período esse que consideramos ideal nesse processo de desenvolvimento”, cita Scola.
O ano de 2023 é muito especial para a Cyklo Agritech, pois celebra os quatro anos de atuação, um marco neste momento de consolidação como aceleradora. Para comemorar a data, será realizado um encontro em Luís Eduardo Magalhães, dia 21 de setembro, das 16h às 18h. Preparado para receber cerca de 150 convidados, este terá também transmissão via canal do youtube da aceleradora, o que ampliará a exposição do trabalho já realizado.
Segundo Scola, essa ação além de consolidar os projetos desenvolvidos até agora, será uma grande oportunidade para que novos investidores interessados tenham a chance de conhecer a Cyklo Agritech, e além disso, passem a integrar este seleto grupo contribuindo no desenvolvimento de novas startups. “Muito importante comunicarmos para os novos investidores, que ainda temos cotas disponíveis do nosso Fundo 2, uma boa chance para quem quer investir nesse segmento que é tão promissor e crescente no Brasil”, finaliza o CEO.