O termorregulador vegetal da multinacional DVA, Osmobetan, recém lançado, foi testado nas lavouras de soja, no Paraguai, e de trigo, em áreas da Bolívia. O produto, que tem formulação inédita, é composto por componentes de estimulação metabólica e tem como objetivo alvo de sua recomendação a fase de pleno florescimento dos cultivos, o qual pode ser fortemente impactado por diferentes tipos de estresse.
Na cultura da soja, o uso da tecnologia tem destaque para a retenção de flores, já que cada uma delas se torna uma vagem, com dois, três ou quatro grãos, interferindo diretamente na produtividade. A empresa testou o desempenho do produto neste cultivo em lavouras paraguaias em três diferentes regiões: Sul, Centro e Norte do País, totalizando seis áreas. Rosa Perez, coordenadora de marketing da DVA no Paraguai, explica que foram realizadas duas aplicações com o Osmobetan, uma ao primeiro sinal de floração e outra após 15 dias.
“Um dos parâmetros que analisamos foi o índice de clorofila das plantas nas áreas. As que receberam o termorregulador, em média obtiveram 4% a mais de atividade fotossintética”, conta a profissional. A quantidade de vagens dos pés da oleaginosa também foram contabilizadas, sendo a diferença em média de 3% a mais nas áreas com aplicação de Osmobetan. Nas pesquisas também foi possível verificar a diferença no peso dos grãos, tão importante quanto a quantidade deles. “Contabilizamos uma média de 8,3 gramas a mais, a cada mil grãos com a aplicação do termoregulador”, ressalta Rosa.
Já a produtividade também é maior com o uso do novo produto, cerca de 7,5% a mais do que as testemunhas. “Conseguimos visualizar um retorno econômico importante com a adoção da tecnologia”, pontua a profissional.
O uso do termoregulador é benéfico a outra cultura, o trigo. Nela, a aplicação aconteceu nas fases de perfilhamento e pré-florescimento em situações de extremo de temperaturas e estrese hídrico. Foi exatamente o cenário de pesquisa da multinacional na Bolívia, onde foram implantados experimentos com o produto em duas safras totalmente diferentes.
O primeiro estudo ocorreu durante o inverno de 2022, em uma região com condições climáticas extremas, quando nos meses de maio e junho a precipitação foi muito baixa e as temperaturas também não favoreceram o cultivo do trigo. “Neste caso o Osmobetan rendeu 226 kg a mais por hectare quando comparado a área do produtor em que foi testado”, relata Celso Sosa, gerente de desenvolvimento técnico da DVA na Bolívia.
O responsável técnico, Francisco Javier Torres, que acompanhou o desenvolvimento da pesquisa, comemorou o ótimo desempenho da solução. “Durante a safra o clima foi muito seco, somente com 140 milímetros neste período, com 100 no início e mais 40 até o final. Ainda assim, foi nítida a diferença da área tratada com o termorregulador, formação de raízes e dos grãos. Os resultados foram muito marcantes”, diz.
Outro estudo está em andamento neste inverno, que de acordo com Sosa, com condições totalmente diferentes das encontradas no ano passado. “Começou com bastante umidade e muitas chuvas. “Avaliamos os níveis de clorofila (CL), sendo alcançado com o termorregulador 66,1%, enquanto a testemunha ficou com 24,9%”, relata.
Foram observadas também a altura da planta, que com Osmobetan foi 8,4 cm maior, alcançando 55 centímetros em média. Já os perfilhos registraram 3,8% a mais, o tamanho da raiz 4 cm e o índice de clorofila 22,3%. “Esta pesquisa ainda renderá outros números até o final da safra, mas já conseguimos observar o ótimo desempenho do produto”, completa Sosa.