Informações divulgadas pela TF Agroeconômica indicam que o milho brasileiro é, atualmente, impactado por mais fatores de alta do que de baixa. Dentre os fatores, um deles é o clima. “Preocupações com a previsão de tempo quente e seco no Meio-Oeste dos EUA também dão suporte aos preços. A pergunta é: as lavouras podem ficar piores do que já estão?”, diz a consultoria.
Nesse contexto, a retomada das exportações de milho americano está dando suporte às cotações da CBOT. “Na quinta, a agência disse que exportadores venderam 938,2 mil toneladas de milho na semana até 10 de agosto. O volume ficou mais próximo do teto das estimativas de analistas, de 1,1 milhão de toneladas. Apesar disso, as vendas anuais são menores do que as do ano passado”, indica.
“Neste segundo semestre, com as dificuldades de escoamento da Ucrânia e com o recuo das vendas do milho americano de 60,95 MT no ano passado para 53 MT neste ano, o Brasil é o grande fornecedor mundial neste segundo semestre”, completa.
A grande oferta brasileira e os preços internacionais são os fatores de baixa. “Apesar do grande volume que está sendo embarcado em agosto (negociado entre junho e julho passado) novas vendas de milho brasileiro estão sendo dificultadas pelo oferecimento de 6,0 MT de milho argentino, impulsionado pelo Dólar Milho. Este atraso na comercialização acumula estoques para os próximos meses, exigindo vendas maiores entre setembro e dezembro para se atingir a meta da Conab, que passou a ser ao redor de 8,75 MT/mês entre setembro e dezembro. Há dificuldades logísticas, tanto na armazenagem, como nas estradas e nos portos para se atingir esta meta, pressionando os prêmios de exportação”, conclui.