Publicado em 31/07/2023 10h59

Quem tem soja deve olhar os EUA

No entanto, o quadro de oferta e demanda mundial está folgado.
Por: Leonardo Gottems

O clima dos Estados Unidos pauta o preço da soja e não é de hoje e, de acordo com a TF Agroeconômica, os preços podem subir se houver diminuição na produtividade. “O mercado continuou pressionado pela expectativa de clima mais ameno no Meio-Oeste dos Estados Unidos no começo de agosto, mês crítico para a definição dos rendimentos da soja”, comenta.

“Segundo a empresa de meteorologia DTN, uma frente fria deve provocar chuvas mais bem distribuídas durante o fim de semana e deixar as temperaturas menos extremas na semana que vem. A previsão de chuvas está levando traders a retirar prêmio de risco climático das cotações. Mas, não há muito espaço para perda de rendimento nos EUA, porque o balanço é apertado. A demanda externa é menor, mas a demanda interna aumentou muito e está absorvendo o que sobra. Se houver queda na produtividade, os preços podem subir significativamente. Isto poderá manter as cotações da soja em Chicago elevadas”, completa.

No entanto, o quadro de oferta e demanda mundial está folgado. “Os estoques mundiais passaram de 99,14 MT na safra 21/22, para 102,9 MT na safra 22/23 e estão projetados para 123,34 MT na safra 23/24 no último relatório WASDE do USDA. Isto poderá elevar os prêmios no Brasil, se a demanda for maior para a safra brasileira”, indica.

“Foi principalmente um mercado monótono para a soja de setembro esta semana. Assim como o milho e o trigo, a soja registrou seu preço mais alto para a semana durante o pregão de segunda-feira. O mercado não ficou impressionado com as vendas instantâneas relatadas na quarta, quinta e sexta-feira, e fechou a semana em $1.433,0, queda de 20,5 centavos em relação a segunda-feira. Ao contrário do milho, a narrativa otimista da soja é muito mais fácil de acreditar”, conclui.

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