O preço mínimo do Governo de R$ 208,92 para o feijão acaba não sendo o suficiente para pagar os custos de cultivo, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe). “Negócios reportados na Bahia acima dos valores praticados na segunda-feira, que foram ao redor de R$ 200, voltaram ao patamar de R$ 205/210”, comenta.
“Em Goiás, até R$ 235 foram reportadas vendas ontem, mas sabe-se que vários negócios ocorreram durante esta semana entre R$ 205/220. Como aparentemente e momentaneamente os produtores impuseram um piso mínimo, é possível que nos próximos dias o mercado encontre uma relativa estabilidade”, completa.
Enquanto o mercado procura seu ponto de equilíbrio, estamos em busca de entender melhor o efeito do fato de que o Governo Federal tem ressuscitado a possiblidade de estoque regulador. “Com preço mínimo para o Feijão cores em R$ 208,92, Feijão-preto R$ 210,30 e para agricultura familiar o valor de R$ 242,98 para o Feijão-caupi, resta saber se haverá recursos disponíveis, caso haja necessidade”, afirma.
A Secretaria da Agricultura do Paraná registrou um custo de produção de R$ 193,48 para a cultura de sequeiro. No entanto, esse valor não cobre as despesas de pré-limpeza, ensaque e frete até o armazém governamental. Apesar disso, representa algum avanço para os agricultores que plantaram nos últimos anos sem garantia. Essas questões serão exploradas mais profundamente nos próximos dias, pois podem influenciar o plantio de 2023/24.
“Partindo de um custo de sequeiro no Paraná esse ano, segundo a Secretaria da Agricultura do Paraná, de R$ 193,48, não pagaria a despesas de pré-limpeza, ensaque e frete até o armazém governamental. Mas para quem plantou nos últimos anos sem nenhuma garantia, já é alguma coisa. Vamos mais a fundo nestas questões nos próximos dias, uma vez que poderá influenciar o plantio de 2023/24”, conclui.