O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, está desapontado com o ritmo recente dos embarques agrícolas da Ucrânia como parte da Iniciativa de Grãos do Mar Negro e pediu uma aceleração das exportações, de acordo com um porta-voz da ONU.
A ONU e a Turquia intermediaram o acordo de exportação do Mar Negro em julho de 2022 para ajudar a enfrentar uma crise alimentar global que foi agravada pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022. Funcionários da Rússia, Ucrânia, Turquia e da ONU formam um Centro de Coordenação Conjunto em Istambul, que implementa o acordo. A iniciativa cobre a “navegação segura para a exportação de grãos e alimentos e fertilizantes relacionados, incluindo amônia” dos portos ucranianos de Odesa, Chornomorsk e Pivdennyi no Mar Negro.
As exportações de alimentos pelo corredor humanitário marítimo caíram “significativamente” de um pico de 4,2 milhões de toneladas em outubro de 2022 para 1,3 milhão de toneladas em maio, o volume mais baixo desde que a Iniciativa começou no ano passado, disse Farhan Haq, vice-porta-voz do secretário-geral. “O secretário-geral pede às partes que acelerem as operações e as exorta a fazer o possível para garantir a continuidade deste acordo vital, que será renovado em 17 de julho”, disse Haq.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse na semana passada que a Rússia estava considerando se retirar do acordo de grãos do Mar Negro, que foi renovado por 60 dias em 17 de maio. O acordo do Mar Negro também permite embarques de amônia, mas nenhum aconteceu. A Rússia costumava bombear até 2,5 milhões de toneladas de amônia anualmente para o porto de Pivdennyi para exportação global, mas o oleoduto foi fechado pela guerra e, no início deste mês, a Rússia acusou as forças ucranianas de explodir parte do oleoduto.
