Espera-se que a produção de trigo da Argentina se recupere em 2023-24 após a seca e uma geada tardia que afetaram gravemente a safra anterior, de acordo com um relatório do Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A produção é estimada em 19,5 milhões de toneladas, mas a FAS disse que mais chuvas são necessárias para recarregar os perfis de umidade do solo antes da janela de plantio de junho. A produção para 2022-23 é estimada em 12,5 milhões de toneladas.
As exportações argentinas de trigo em 2023-24 devem se recuperar em 13,7 milhões de toneladas, mais que o dobro das exportações esperadas em 2022-23 e a terceira maior já registrada. “Isso seria o resultado da produção recuperada, consumo doméstico praticamente estável e provavelmente estoques finais mais baixos”, disse o FAS. As exportações para 2022-23 são estimadas em 5,8 milhões de toneladas, as mais baixas dos últimos oito anos.
O consumo doméstico de trigo para 2023-24 está projetado em 6,5 milhões de toneladas, praticamente inalterado em relação ao ano anterior, informou a FAS. Segundo dados oficiais, em 2022, o trigo representou 36% de toda a moagem de grãos no país.
Espera-se que a produção de milho em 2023-24 atinja um recorde de 54 milhões de toneladas, já que os agricultores buscam se recuperar economicamente com retornos atraentes. A produção em 2022-23 é estimada em 36 milhões de toneladas, mas as estimativas são difíceis este ano devido à seca, altas temperaturas por longos períodos de tempo e geadas incomumente precoces, disse a FAS.
