Nesse fim de semana, a Opep+ acabou anunciando um corte de mais de 1 bilhão de barris por dia na produção de petróleo, que acabou pegando a todos de surpresa, de acordo com informações que foram divulgadas pela Bloomberg. Com isso, a companhia acabou deixando de lado as garantias que tinha dado anteriormente de que manteria a oferta de petróleo estável.
Isso, segundo a Bloomberg, pode representar um novo risco para a economia global. “É uma redução significativa para um mercado no qual- apesar das recentes flutuações de preços- a oferta parecia apertada no final do ano. Os contratos futuros do petróleo não estavam sendo negociados quando o corte foi anunciado neste domingo, mas a inevitável reação dos preços pode aumentar as pressões inflacionárias em todo mundo, forçando os bancos centrais a manter as taxas de juros mais altas por mais tempo e prejudicando o crescimento econômico”, indica.
Sendo assim, é possível afirmar que os mercados globais estão com uma certa turbulência e incerteza no início do segundo trimestre, influenciados pelo petróleo. Isso porque o preço do barril subiu 8% nessa manhã em Londres e traz um aperto monetário em um momento em que as apostas já não iam mais nessa direção. “Os futuros de índices dos Estados Unidos operavam com sinais mistos. As bolsas europeias subiam com ajuda das ações do setor de energia, como BL e TotalEnergies, após o corte de produção da Opep+ impulsionar os preços”, completa.
Além de tudo, isso foi visto pelo governo dos Estados Unidos como alinhamento à Rússia. Nas duas ocasiões, em 2022 e agora em 2023, os cortes foram liderados pela Arábia Saudita.