Publicado em 24/03/2023 12h40

Moagem na região Centro-Sul alcança 543,89 milhões de toneladas na 1ª quinzena de março

A moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de março na região Centro-Sul totalizou 608,29 mil toneladas.
Por: Unica

Nesse mesmo período, no ano anterior, foram processadas, apenas, 142,35 mil tonelada de cana-de-açúcar – aumento de 327,32%. No acumulado da safra 2022/2023, a moagem atingiu 543,89 milhões de toneladas, ante 522,92 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 2021/2022 – um avanço de 4,01%.

Na primeira metade de março, 10 unidades deram início à safra 2023/2024. Ao término da quinzena, permanecem em operação 24 unidades no Centro-Sul, sendo 13 unidades com processamento de cana-de-açúcar e 11 empresas que fabricam etanol a partir do milho. No mesmo período, na safra 2021/2022, havia 10 parques fabris em atividade.

Em levantamento preliminar realizado pela UNICA, espera-se que 36 unidades produtoras reiniciem as atividades da operação agrícola durante a segunda quinzena de março. Tais retornos ao status de operação por parte dessas unidades, em conjunto às atuais unidades em operação, devem resultar em um incremento de moagem de até 5 milhões de toneladas ao final de março, estimado com base no respectivo ritmo histórico de processamento industrial.

É fundamental destacar que a estimativa de retorno das usinas pode sofrer alterações a depender das condições climáticas de cada região canavieira. A informação disponível até o momento mostra que a curva de início está concentrada na primeira quinzena de abril. Ao término deste mês é esperado que cerca de 80% das unidades ativas estejam em operação no Centro-Sul.

O alto índice de chuvas neste fim de verão tem sido responsável por alterações no cronograma de colheita da cana-de-açúcar, com um leve atraso em relação às expectativas iniciais. Concomitantemente, essa mesma condição também impactou a colheita de grãos cujo resultado pode ser uma maior sobreposição entre o período de safra da cana, junto à soja e milho.

A qualidade da matéria-prima colhida acumulada desde o início da safra até a primeira metade de março, mensurada em kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar processada, apresentou redução de 1,31% na comparação com o mesmo período do último ciclo agrícola, atingindo 141,09 kg de ATR por tonelada nesta safra.

Produção de açúcar e etanol

A produção de açúcar na primeira quinzena de março totalizou 15,57 mil toneladas. No acumulado desde o início da safra 2022/2023, a fabricação do adoçante totaliza 33,58 milhões de toneladas, contra 32,06 milhões de toneladas do ciclo anterior (+4,74%). 

Na primeira metade de março, 264,58 milhões de litros (+57,44%) de etanol foram fabricados pelas unidades do Centro-Sul. Do volume total produzido, o etanol hidratado alcançou 164,79 milhões de litros (-5,08%), enquanto a produção de etanol anidro totalizou 99,79 milhões de litros – neste mesmo período na safra 2021/2022 houve um reprocesso líquido de 5,5 milhões de litros. 

No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 15 de março, a fabricação do biocombustível totalizou 28,53 bilhões de litros (+4,10%), sendo 16,40 bilhões de etanol hidratado (-0,62%) e 12,13 bilhões de anidro (+11,24%).

Do total de etanol fabricado na quinzena, 90% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 238,59 milhões de litros neste ano, contra 156,37 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2021/2022 – avanço de 52,58%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 4,23 bilhões de litros - avanço de 27,59% na comparação com igual período do ano passado. 

Vendas de etanol

Na primeira quinzena de março, as vendas de etanol totalizaram 982,76 milhões de litros, o que representa uma queda de 10,15% em relação ao mesmo período da safra 2021/2022.

Quanto aos negócios realizados em mercado doméstico, o volume de etanol hidratado totalizou 506,67 milhões de litros, o que significa uma queda de 19,79% em relação ao mesmo período da safra anterior. No agregado do atual ano safra, a variação das vendas inverteu o sinal e agora reside em terreno negativo quando comparado ao ciclo agrícola passado, com 14,84 bilhões de litros de hidratado, um ligeiro decréscimo de 0,18% em relação à safra 2021/2022.

A venda de etanol anidro para a quinzena seguiu tendência semelhante àquela observada no hidratado. As saídas para mercado interno atingiram a marca de 424,89 milhões de litros, o que representa uma queda de 2,26%. Na safra 2022/2023 foram vendidos 10,56 bilhões de litros – variação positiva de 7,71% em relação ao ciclo 2021/2022. No ano de 2023, o crescimento das vendas destinadas ao mercado interno tem tido um comportamento de senoide. É importante destacar que essa oscilação é função da política de compras das distribuidoras e da necessidade de recomposição dos estoques operacionais desses agentes.

O fluxo de comércio destinado à exportação se manteve robusto, e registrou, na primeira quinzena de março, 34,58 milhões de litros de etanol hidratado – aumento de 30,52% em relação à safra 2021/2022 – e 16,62 milhões de litros de etanol anidro – frente ao volume modesto de 940 mil litros do ciclo passado.

No acumulado de abril de 2022 até 15 de março de 2023, foram comercializados 15,81 bilhões de litros de hidratado (+0,27%) e 12 bilhões de litros de etanol anidro (+15,90%). Desses volumes supramencionados, 6% correspondem a operações de exportação, para o etanol hidratado, enquanto 12% é a representatividade das vendas ao mercado externo de etanol anidro, em relação ao total comercializado pelos produtores.

Mercado de CBios

Dados da B3 registrados até o dia 22 de março indicam a emissão de 6,72 milhões de CBios em 2023. Até a data supracitada, a parte obrigada do programa RenovaBio havia adquirido cerca de 40,50 milhões de créditos de descarbonização. Esse valor considera o estoque de passagem da parte obrigada em 2021 somada com os créditos adquiridos em 2022 e 2023, até o momento, estejam eles ativos ou aposentados. O horizonte temporal selecionado cobre as aquisições que compreenderão os créditos utilizados para atendimento das metas de 2022, cujo prazo havia sido postergado, e 2023. 

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