Publicado em 20/02/2023 21h07

Paralisação do financiamento agrícola chega nos agricultores

Pronaf é uma das linhas.
Por: Leonardo Gottems

No início do mês o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acabou suspendendo as linhas de nove programas de crédito rural legalizando um nível levado de comprometimento dos recursos. O aviso veio um dia após o BNDES reabrir os protocolos de 14 programas, com R$ 2,9 bilhões.

De acordo com informações, a liberação do crédito rural alcançou cerca de R$ 222,8 bilhões em sete meses do atual plano safra, sendo que os financiamentos de custo tiveram aplicação de R$ 136,6 bilhões e os investimentos totalizaram quase R$ 60 bilhões. A região Sul continua com o destaque nos financiamentos do plano safra com R$ 75,3 bilhões.

Levando em conta as linhas suspensas do BNDES, elas são o Programa de Crédito Agropecuário Empresarial de Custeio; Linhas de Investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Investimento); Pronaf Matrizes e Reprodutores; Pronaf Tratores e Colheitadeiras; Pronamp e Programa ABC+. Além dessas também foram suspensas o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA); Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (Proirriga) e Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro Giro).

Como visto, pode-se dizer que os pequenos produtores são os mais dependentes por essas suspensões, já que a maioria é o Pronaf, destinado à agricultura familiar. Com isso, os pequenos e médios produtores rurais ficam limitados às fontes de créditos convencionais, como disponibilizados pelas grandes instituições financeiras nacionais.

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