Publicado em 18/11/2022 09h46

Mercado físico reflete em alta do milho na B3

Em Chicago, a cotação de dezembro fechou em leve alta.
Por: Leonardo Gottems

O milho fechou em alta na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), refletindo a boa atividade do mercado físico no dia, segundo informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Percebe-se claramente a luta entre os compradores internos e os exportadores na disputa pelos lotes disponíveis do milho no Brasil. Com a elevação do dólar e uma leve elevação em Chicago, os exportadores foram novamente agressivos, tanto para esta como para a próxima safra e as indústrias locais se apressaram em elevar as cotações para não perderem os lotes”, comenta.

“As cotações futuras fecharam em alta no dia para novembro e para os demais meses e queda no comparativo semanal: o vencimento novembro/22 fechou a R$ 87,98, alta de R$ 0,84 no dia e queda de R$ 0,11 na semana (últimos 5 pregões); janeiro/22 fechou a R$ 91,25, alta de R$ 0,74 no dia e queda de R$ 0,60 na semana e março/23 fechou a R$ 90,50, alta de R$ 0,58 no dia e queda de R$ 0,79 na semana”, completa.

Em Chicago, a cotação de dezembro fechou em leve alta de 0,19% ou $ 1,25/bushel, a $ 666,50. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em alta de 0,07% ou $ 0,50/ bushel a $ 668,0. “Na contramão dos demais grãos, a alta do milho nesta quinta-feira ocorreu por grandes vendas (1,169 MT) do cereal dos EUA, na parte superior das estimativas do mercado. O recuo do petróleo e a renovação do acordo do Mar Negro limitaram a alta”, indica.

“Os prêmios, no Brasil, firmaram com a queda na CBOT, mas o número de negócios continua devagar. Compradores continuam apostando que a entrada da Ucrânia e o farmer selling no Brasil serão fatores de pressão de venda sobre os prêmios. Faz sentido, uma vez que na Ucrânia ainda há 5 milhões de toneladas da safra velha e uma safra nova com volume exportável de pelo menos 15 milhões. No Brasil, o consenso é que ainda há pelo menos 25-27 milhões de toneladas nas mãos dos produtores e cooperativas”, conclui.