Publicado em 22/10/2022 07h38

Com três dias de imersão no setor do pescado, Maratona de Inovação estimula e premia ideias inovadoras no AgriFutura Pescado

A iniciativa possibilitou a interação entre estudantes e expositores do mercado de pescado durante o Seafood Show
Por: Assessoria de Imprensa

Mergulhar num mar de ideias e “pescar” soluções. Foi com essa união de propósitos que o AgriFutura Pescado apresentou, durante os três dias do Seafood Show Latin America, a Maratona de Inovação do Pescado. Promovido pelo AgriFutura, entre os dias 17 e 19 outubro, em São Paulo, a iniciativa desafiou alunos de três instituições de ensino superior e técnico da Região Sudeste do país a propor inovações para o mercado aquícola.

Alunos de três instituições de ensino superior e técnico de São Paulo e Rio de Janeiro foram desafiados nos três dias do AgriFutura Pescado

Idealizado de forma conjunta pelo Instituto de Pesca (IP), Instituto INNA ImC™ de Inovação Israelense e a Agência Paulista de Tecnologias do Agronegócio (APTA), o espaço recebeu estudantes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Durante três dias, os alunos participaram de um ciclo de dinâmicas em duas iniciativas voltadas para a cadeia: a Gincana do Pescado e o Hackathon do Pescado. No primeiro projeto, os estudantes da UFFRJ foram divididos em grupos para crias soluções inovadoras baseadas nas dores e oportunidades informadas pelos próprios expositores da feira. Já na segunda atividade, as equipes formadas por alunos da Unesp e IFSP, por meio de vídeos, conheceram as dores de players da cadeia do pescado para formular ideias com base em metodologias ágeis e na Modelagem de Negócios Canvas.

O Diretor do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do IP, Marcelo Souza fez um balanço do intercâmbio de ideias proposto pelo evento. “Durante esses três dias, alunos, mentores e professores respiraram inovação. Desde a chegada até a grande final foram momentos mágicos de muita convivência e deu para ver a evolução desses estudantes, que perceberam como é importante saírem das salas de aula e experimentarem experiências inovadoras, além de ter o contato direto com o mercado. Isso vai fazer muita diferença na vida deles”, afirma.

Hora de “vender o peixe”

No último dia da feira, as equipes das duas iniciativas foram avaliadas e os times selecionados avançaram para a fase semifinal, no qual puderam apresentar seus pitches para a comissão organizadora, no espaço Arena Talks. As finais ocorrem no período da tarde, com três grupos de cada atividade sendo avaliados por representantes de importantes entidades do pescado nacional.

Muito entusiasmado com os resultados, Marcelo também enfatizou a resposta positiva que os alunos receberam de todo o setor. “Nós tivemos um feedback muito positivo das empresas e dos mentores - que estão acostumados a julgar startups -, que ficaram surpresos com o grande nível de maturidade desses alunos”, conta.

Além de certificações para todos os estudantes, as três primeiras equipes campeãs do Hackathon do Pescado foram convidados a participar, durante um ano, de uma grande incubação no Aquário de Ideias da Unesp, no qual terão acesso a bolsas de estudos com mentoria para desenvolver suas ideias e conhecer diversos aspectos do setor de pescado.     

Presente na cerimônia de premiação dos vencedores, o Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Francisco Matturro, também foi um dos homenageados pela organização do AgriFutura Pescado. “Essa iniciativa que a Secretaria de Agricultura teve junto com o nosso Instituto de Pesca e a APTA é mais uma ação para difundir e criar oportunidades para esses jovens que estão chegando no setor, apreendendo, se desenvolvendo e crescendo com esse tipo de competição”, afirmou.

Vitrine de soluções

Junto a imersão proposta aos estudantes, o Arena APTA AgriFutura Pescado também contou com a participação de startups relacionadas à atividade, que puderam apresentar suas ideias e soluções. Nos três dias do evento, as iniciativas ampliaram seu networking e destacaram seus produtos e serviços a diversos integrantes da cadeia de pescado latino, que marcaram presença no Seafood Show Latin America.

Além da exposição ao público, os projetos também foram avaliados e premiados no Showcase de Startups por uma comissão formada por mentores do ecossistema do pescado nacional. O primeiro lugar ficou com a PotiMarket, uma plataforma de comércio eletrônico que auxilia fornecedores e compradores de camarão a realizar as suas transações comerciais, sendo seguida pelas startups Sample (2º) e By Fish (3º).

CEO do Instituto INNA ImC™ de Inovação Israelense, Moshiko Frenkel conta que o Startup Race foi um ótimo termômetro para os projetos se apresentaram ao mercado aquícola. “Todo esse modelo que trabalhamos aqui no AgriFutura Pescado foi baseado no modelo de inovação israelense, um dos mais avançados no mundo em sua forma de estruturação. Obviamente que são mentalidades diferentes e nós o adequamos para a realidade brasileira. Os resultados foram sensacionais, no quais as startups conseguiram se projetar de uma maneira incrível”, avalia.

Espaço para a qualidade do pescado

A programação do Seafood Show Latin America também abrigou o 9º Simpósio de Controle de Qualidade do Pescado (SIMCOPE), evento dedicado ao debate e à atualização de assuntos relacionados à qualidade, tecnologia e ao consumo do pescado. A iniciativa trabalhou a temática “Agronegócio do pescado: construindo um cenário para o consumo de produtos seguros e sustentáveis”.

Com 17 anos de realização, o evento foi promovido pelo Instituto de Pesca (IP), pertencente à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Durante os três dias, o público teve acesso a debates, palestras e dois minicursos sobre “Autocontrole nas Indústrias de Processamento de Pescado" e "Controle e Identificação de Parasitas em Peixes”, ambos com carga horária de seis horas.

O SIMCOPE 2022 recebeu de empresas ligadas ao mercado aquícola da América do Sul e de órgãos de fiscalização de pesquisa de toda a cadeia de pescado, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO).  No último dia, a programação do evento abriu espaço para uma cerimônia de homenagens com o lançamento de um e-book voltado para comunidade científica do pescado.

Pesquisadora científica do IP e coordenadora do evento, Érika Furlan destacou o sentimento de felicidade em pode retomar o simpósio no modo presencial. “Apesar de desafiador para nós da pesquisa, foi uma satisfação muito grande fazer esse evento de modo presencial depois de dois longos anos no formato online. Tivemos um público muito interessado em todos os temas. É sempre gratificante estar compartilhando viveres e experiências de pessoas incríveis”, comenta.

A diretora geral do Instituto de Pesca, Cristiane Neiva, avalia que a participação do IP no evento Seafood Show, seja no AgriFutura Pescado da APTA, seja no SIMCOPE, superou todas as expectativas quanto a retomada de relacionamento com o setor e atualização dos diferentes cenários da cadeia produtiva do pescado. “O IP demonstrou sua sintonia com as principais temáticas e seu protagonismo em diferentes frentes de pesquisa, apresentando projetos estratégicos relacionados a qualidade da água e do pescado e desenvolvimento da algicultura”, encerra.

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